Comando Operacional Conjunto Redentor prepara a atuação integrada das Forças Armadas e agências de segurança pública
A cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber, entre os dias 6 e 7 de julho, a 17ª Reunião de Cúpula do Brics, com a mobilização de um vasto esquema de segurança. A operação será conduzida de maneira semelhante àquela realizada durante a Cúpula do G20, em novembro de 2023, também na capital fluminense. O contingente de forças de segurança foi detalhado à imprensa na quarta-feira (2) pelo Comando Operacional Conjunto Redentor, formado por Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira, com apoio de diversos órgãos de segurança pública.
Equipamentos e estratégias de segurança
O general de brigada Lucio Alves de Souza, assessor especial do comando operacional, destacou que a estratégia será praticamente a mesma utilizada na Cúpula do G20, com pequenos ajustes. Serão empregados equipamentos robustos, como 361 viaturas, 147 motocicletas, 38 viaturas blindadas, 68 viaturas sobre rodas, 10 navios, 9 embarcações, 8 helicópteros, 3 radares e 6 equipamentos antidrone. A utilização desses recursos visa garantir a segurança dos participantes, desde o transporte nos aeroportos até os locais de hospedagem e eventos.
Aeronaves com mísseis e antidrones para maior proteção
Uma das principais novidades desta edição será a mobilização de aeronaves equipadas com mísseis, uma medida que não era adotada desde os Jogos Olímpicos de 2016. O chefe do subdepartamento de Operações do Departamento de Controle de Espaço Aéreo, André Gustavo Fernandes Peçanha, explicou que o armamento serve para reforçar a segurança do espaço aéreo, oferecendo maior margem de segurança em situações de risco.
Além disso, serão usados equipamentos antidrones para proteger o evento contra possíveis ataques realizados por esses dispositivos. O general Souza ressaltou que, caso haja um grande número de drones em operação simultânea, o equipamento será capaz de neutralizá-los, interrompendo até mesmo sinais de celular e comunicação de aeroportos, como já ocorreu em edições anteriores de cúpulas internacionais.
Foco na proteção de infraestruturas críticas e segurança cibernética
A segurança no evento será abrangente e incluirá, além da proteção das vias de circulação, um monitoramento intensivo das infraestruturas críticas da cidade. O plano de segurança também contempla a proteção cibernética e a defesa contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. A Marinha do Brasil ficará responsável pela proteção das áreas marítimas e costeiras, além de dispor de veículos blindados anfíbios para emergências, como evacuações durante o evento.
Operações da Polícia Federal para neutralizar ameaças
Para garantir a segurança das autoridades, a Polícia Federal iniciou, também nesta quarta-feira, a inspeção minuciosa dos veículos que transportarão os participantes da Cúpula. O objetivo das varreduras é identificar e neutralizar qualquer ameaça que possa comprometer a segurança dos líderes e ministros presentes. A ação, que conta com o apoio de cães farejadores, está sendo realizada por uma equipe especializada da PF.
A segurança será estendida a todos os locais onde ocorrerão as atividades, incluindo os hotéis e demais espaços que receberão os representantes internacionais.
Perfil do BRICS e expectativa para a Cúpula
O BRICS, bloco que reúne as principais economias emergentes do mundo, é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de países-membros permanentes como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam na qualidade de países-parceiros Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics promete ser um marco, reunindo líderes internacionais no Rio de Janeiro para discussões sobre temas globais cruciais.