Com gastos superiores a R$ 3 bilhões em dois anos, equipe saudita surpreende e se consolida como uma das forças do futebol internacional
Embora a eliminação do Manchester City no Mundial de Clubes para o Al-Hilal tenha causado surpresa em parte da audiência, os números indicam que a ascensão do clube saudita está longe de ser acidental. A equipe tem realizado investimentos expressivos, posicionando-se acima de gigantes do futebol brasileiro, como Palmeiras e Flamengo.
Com uma folha salarial anual estimada em € 176,9 milhões — o equivalente a R$ 1,13 bilhão —, o Al-Hilal figura entre as cinco maiores despesas salariais do torneio. Segundo levantamento da plataforma especializada Capology, apenas Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City e Paris Saint-Germain superam esse montante.
Nos últimos dois anos, os sauditas desembolsaram cerca de R$ 3 bilhões em contratações. Entre os principais reforços estão o zagueiro Koulibaly — cujo salário anual gira em torno de R$ 222,8 milhões —, além de nomes como Rúben Neves, Malcom, Mitrovic e Marcos Leonardo. De acordo com o Transfermarkt, o elenco tem atualmente valor de mercado estimado em € 159,4 milhões (R$ 1 bilhão).
A comparação com os clubes brasileiros evidencia o abismo financeiro. O Flamengo, maior entre os representantes nacionais, possui uma folha anual de € 45 milhões (R$ 270,4 milhões), enquanto o Palmeiras desembolsa € 36,6 milhões (R$ 219,9 milhões). O Al-Hilal, portanto, supera amplamente os dois em diferentes indicadores, inclusive no custo por gol marcado.
Apesar de, nas palavras do CEO do clube, Esteve Calzada, já ter encerrado a fase mais agressiva de aportes financeiros, a estrutura esportiva montada segue competitiva frente às potências globais. O desempenho diante do time inglês reforça que o Al-Hilal, hoje, não é mais uma surpresa, mas sim um protagonista consolidado.
A equipe saudita volta a campo nesta sexta-feira (4), às 16h (horário de Brasília), em Orlando, para enfrentar o Fluminense. Quem vencer avança à semifinal e terá pela frente o vencedor de Palmeiras x Chelsea.