Em meio a crises globais, como conflitos armados, mudanças climáticas e desigualdade social, a escolha do novo pontífice ganha relevância para o futuro da Igreja Católica.

Com a morte do Papa Francisco, o Vaticano se prepara para a realização do conclave, processo tradicional que definirá o próximo líder da Igreja Católica. Conduzido pelo Colégio Cardinalício, o evento marca a transição entre pontificados e ocorre em um contexto de grandes desafios mundiais, como guerras, emergência climática e tensões sociais. O perfil do novo papa, portanto, será determinante para os rumos da instituição nos próximos anos.

Especialistas em assuntos vaticanos já apontam os cardeais mais cotados para assumir o papado. Os candidatos representam diferentes estilos de liderança, nacionalidades e experiências, desde diplomatas até líderes pastorais com forte atuação em temas sociais e ambientais. A seguir, conheça os principais nomes em discussão:

Principais nomes para o papado:

Pietro Parolin (Itália)
Atual secretário de Estado do Vaticano, é reconhecido por sua experiência em diplomacia, tendo atuado em negociações complexas envolvendo regiões como o Oriente Médio e a China.

Matteo Zuppi (Itália)
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, é próximo de Francisco e tem participação ativa em iniciativas de paz, incluindo esforços no conflito da Ucrânia.

Pierbattista Pizzaballa (Itália)
Patriarca Latino de Jerusalém, destaca-se pelo trabalho em prol do diálogo entre diferentes religiões e pela defesa da paz no Oriente Médio.

Jean-Marc Aveline (França)
Arcebispo de Marselha, atua fortemente em questões relacionadas à migração e ao diálogo inter-religioso, sendo admirado por seu engajamento social.

Péter Erdő (Hungria)
Arcebispo de Esztergom-Budapeste, tem perfil mais conservador, aliado a uma sólida formação acadêmica.

José Tolentino de Mendonça (Portugal)
Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, possui uma trajetória intelectual alinhada ao pensamento do Papa Francisco, com destaque para a promoção da cultura e do diálogo.

Mario Grech (Malta)
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, é reconhecido por seu envolvimento em questões de justiça social e por promover o diálogo dentro e fora da Igreja.

Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Arcebispo de Manila, tem trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pelo combate à pobreza, além de ser uma figura importante no cenário asiático.

Robert Francis Prevost (EUA)
Prefeito do Dicastério para os Bispos, membro da Ordem de Santo Agostinho, com papel central na nomeação de bispos em todo o mundo.

Wilton Gregory (EUA)
Primeiro cardeal afro-americano, atua em Washington D.C. e é defensor da igualdade racial e do enfrentamento às mudanças climáticas.

Blase Cupich (EUA)
Arcebispo de Chicago, tem forte ênfase em inclusão e atenção às populações marginalizadas, seguindo a linha pastoral do Papa Francisco.

Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)
Arcebispo de Kinshasa, destaca-se pela defesa da justiça social e da paz no continente africano.

Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)
Primeiro cardeal da região amazônica brasileira, tem forte atuação na preservação ambiental e na defesa dos direitos dos povos indígenas da Amazônia.

Sérgio da Rocha (Brasil)
Arcebispo e teólogo, reconhecido por sua dedicação pastoral e pelo trabalho na formação de novos sacerdotes.

A escolha do próximo papa será determinante para os caminhos que a Igreja Católica tomará em um cenário global de rápidas transformações. Entre líderes conservadores e progressistas, diplomatas e ativistas sociais, o perfil do novo pontífice influenciará não apenas os fiéis, mas também o papel da Igreja no enfrentamento dos desafios contemporâneos.