Presidente dos Estados Unidos afirma ter tido “boa química” com o brasileiro após breve conversa em Nova York
Discurso marcado por críticas ao Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu pronunciamento na Assembleia Geral da ONU para confirmar que se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o discurso de mais de 40 minutos, o republicano reforçou as sanções aplicadas contra o Brasil e acusou o governo brasileiro de tentar “interferir nos direitos e liberdades de cidadãos americanos”.
Segundo Trump, as medidas incluem tarifas adicionais sobre produtos brasileiros. “O Brasil agora enfrenta tarifas pesadas em resposta a esforços sem precedentes para censurar, reprimir e perseguir críticos políticos nos Estados Unidos, além de promover corrupção judicial”, declarou.
Abraço e promessa de novo encontro
Apesar das críticas, Trump narrou de forma descontraída um encontro casual com Lula nos corredores da ONU. “Eu estava entrando no plenário e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, nos abraçamos e concordamos em nos reunir na semana que vem”, contou.
O republicano destacou que a conversa foi breve, mas positiva: “Por 30 segundos tivemos excelente química, isso é um bom sinal. Eu gostei dele, ele gostou de mim”. O governo brasileiro confirmou a aproximação e informou que os presidentes se encontraram em uma sala reservada após o discurso de Lula.
Expectativa para reunião formal
De acordo com autoridades dos dois países, Trump teria sugerido a realização de um encontro formal já na próxima semana, embora a data ainda não esteja definida. Lula, por sua vez, teria respondido que está disposto a conversar “sobre o que for preciso”.
A aproximação acontece em meio a um ambiente de tensão diplomática, já que o presidente brasileiro fez críticas indiretas aos Estados Unidos em sua fala na ONU. Ainda assim, Trump afirmou enxergar Lula como “um homem muito bom” e reforçou o desejo de manter o diálogo.