Troca de prisioneiros marca momento delicado no conflito Israel-Hamas
Numa demonstração de fragilidade do cessar-fogo, o Hamas libertou três reféns israelenses – Iair Horn, Sagui Dekel Chen e Sasha (Alexander) Troufanov – neste sábado (15), em Gaza. Em contrapartida, Israel libertou 369 prisioneiros palestinos, numa troca que se concretizou após intensa mediação para evitar o colapso do acordo.
As imagens dos reféns sendo entregues em Khan Younis, ao lado de militantes armados, contrastam com a celebração da libertação dos prisioneiros palestinos em Ramallah e Belém. Entre os libertados, há figuras como Musa Nawarwa, de 70 anos, que cumpriu duas penas de prisão perpétua por ataques contra soldados israelenses.
A troca expõe a complexa situação do conflito, com relatos de dificuldades na alimentação dos reféns em cativeiro e a libertação de palestinos condenados por atos de violência.
O futuro da região, ainda marcado pela devastação da guerra, permanece incerto, com muitos dos palestinos libertados retornando a um lar transformado em ruínas pelos bombardeios. A maioria dos prisioneiros palestinos cumpriu longas penas por seu envolvimento em ataques anti-Israel, alguns deles por participação na segunda Intifada.
Este episódio reacende o debate sobre as condições dos prisioneiros em ambos os lados e o papel da comunidade internacional na busca por uma solução pacífica para o conflito.
