Caso chamou a atenção de médicos e especialistas, já que o doador, um menino, tinha apenas 9 anos de idade. O procedimento é considerado um sucesso.
Um médico anestesiologista, diagnosticado com leucemia mieloide aguda (LMA), um tipo de câncer no sangue agressivo que afeta a medula óssea, sobreviveu após ser submetido a um transplante de células-tronco doadas pelo próprio filho, de apenas 9 anos. O caso, considerado raro e pioneiro nos Estados Unidos, despertou grande interesse na comunidade médica devido à pouca idade da criança doadora.
O procedimento ocorreu em julho, mas a informação se tornou pública após a alta hospitalar do paciente, identificado como Nick Mondek, residente em Los Angeles, na Califórnia. Mondek recebeu o diagnóstico inicial de câncer em 2022.
À época, Mondek recebeu o primeiro transplante de células-tronco, doadas pelo irmão, e a doença entrou em remissão. No entanto, o homem foi surpreendido pelo retorno da LMA em abril passado. Os médicos, então, passaram a procurar por novos doadores.
Sem sucesso na busca por doadores compatíveis, Mondek relembrou a história de um amigo que havia se recuperado após um transplante similar, doado pelo filho de 18 anos. Ele consultou a equipe médica sobre a possibilidade de seu filho, que tinha 9 anos na ocasião, ser o doador.
Com a autorização da equipe médica e a devida preparação do filho de Mondek, o processo entre a coleta das células-tronco e o transplante levou cerca de uma semana. O procedimento foi bem-sucedido e o anestesiologista recebeu alta hospitalar em 16 de agosto, após duas semanas de observação.
Embora o sistema imunológico do paciente leve cerca de um ano para se adaptar totalmente às novas células, o prognóstico médico é otimista. “Mondek é durão, ele não vai aceitar nada menos do que a cura”, declarou John Chute, diretor de Hematologia do Hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles, onde a cirurgia foi realizada.