Embora muitas vezes minimizados ou vistos apenas como incômodos, esses problemas podem comprometer o bem-estar físico e mental dos indivíduos.
Distúrbios respiratórios do sono, como o ronco e a apneia, afetam milhões de brasileiros e podem ter sérias implicações para a saúde quando não tratados de forma adequada.
O ronco, por exemplo, é caracterizado por uma vibração das estruturas da garganta durante o sono, causada pela obstrução parcial das vias aéreas. Já a apneia do sono, condição mais grave, se manifesta por interrupções momentâneas na respiração — que podem durar de alguns segundos a mais de um minuto — ocorrendo várias vezes ao longo da noite.
De acordo com especialistas, identificar os sintomas é o primeiro passo para o diagnóstico. Além do ronco alto e frequente, pessoas com apneia costumam relatar cansaço excessivo ao longo do dia, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais e sensação de sufocamento ao acordar.
“É importante que o paciente esteja atento não apenas ao ronco, mas a sinais como sonolência diurna e despertares frequentes, que podem indicar uma apneia obstrutiva do sono”, afirma um especialista da área.
O diagnóstico geralmente é feito por meio da polissonografia, exame que avalia a qualidade do sono em uma noite de monitoramento. A partir dos resultados, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, que varia conforme a gravidade do caso.
Entre as opções estão mudanças no estilo de vida — como perda de peso, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool —, uso de aparelhos intraorais, terapia com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) e, em casos mais severos, intervenção cirúrgica.
“O tratamento adequado devolve qualidade de vida ao paciente e reduz os riscos de complicações cardiovasculares, metabólicas e cognitivas associadas à apneia do sono”, destaca o profissional.
O acompanhamento médico é fundamental, pois o não tratamento da apneia pode estar associado a doenças como hipertensão, infarto, diabetes tipo 2 e até acidentes de trânsito, devido à sonolência diurna excessiva.