Eduardo Riedel oficializa saída do partido; Marconi Perillo admite fase mais crítica da legenda
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) vive o momento mais delicado de sua trajetória política. A sigla perdeu sua última representação no comando de governos estaduais com a desfiliação de Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul. A decisão foi confirmada pelo presidente nacional do partido, Marconi Perillo, após reunião realizada em Campo Grande.
A saída de Riedel marca o fim de uma era para os tucanos, que agora não possuem mais chefes de Executivo estadual. Em entrevista concedida no dia 14, Perillo reconheceu a gravidade da situação. “Chegou ao fundo do poço em 2022”, afirmou, referindo-se às derrotas eleitorais acumuladas. “Perdemos muita gente e continuamos perdendo”, lamentou o dirigente.
A debandada de lideranças inclui nomes de peso. Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco, migraram para o PSD. Riedel, por sua vez, é cotado para se filiar ao Progressistas (PP), partido da senadora Tereza Cristina, embora também esteja no radar do PSD, comandado por Gilberto Kassab. Já Reinaldo Azambuja, ex-governador sul-mato-grossense, deve se juntar ao PL, legenda pela qual pretende disputar uma vaga no Senado em 2026.
Apesar da perda de seu último governador, Perillo afirmou que o PSDB manterá presença parlamentar no Mato Grosso do Sul. “Depois de um amplo entendimento, a gente acertou que o governador Riedel vai se filiar a um partido, o governador Azambuja vai se filiar a outro partido, e os nossos três combativos deputados federais vão ficar liderando essa estrutura do PSDB”, declarou.
A crise tucana reflete um cenário de reconfiguração partidária no país, com lideranças buscando novas siglas e alianças.