Nova força-tarefa contará com apoio do MP-GO, Equatorial e empresas de telecomunicações; ação prioriza bairros com maior risco à população
“Esse monte de cabo que está caído não vai mais existir. Nós vamos começar por uma ação emergencial, que é exatamente nos setores onde nós temos mais cabos pendurados, caindo e tudo mais. Tenho certeza de que agora, pegando firme nisso daí com o Ministério Público junto, nós vamos conseguir dar uma arrumada boa na cidade”, declarou o prefeito Sandro Mabel.
A Prefeitura de Goiânia anunciou a reorganização do programa Cidade Segura com o objetivo de agilizar a remoção de fios soltos em postes da capital. A decisão foi tomada durante reunião realizada nesta quinta-feira (9), no Ministério Público de Goiás, com a presença de representantes da Equatorial, empresas de telecomunicações e autoridades municipais.
O plano prevê a atuação de um grupo de trabalho formado por técnicos da Prefeitura, do MP-GO, da Equatorial e das operadoras de internet e telefonia. A retirada dos cabos será feita por regiões, com prioridade para os setores onde há maior risco à segurança dos moradores. O mapeamento das áreas críticas será entregue às empresas no dia 15 de outubro, e os trabalhos devem começar em 20 de outubro.

Segundo o prefeito Sandro Mabel, há cerca de 75 mil linhas inativas penduradas nos postes da cidade. “Esse monte de cabo que está caído não vai mais existir. Nós vamos começar por uma ação emergencial, que é exatamente nos setores onde nós temos mais cabos pendurados, caindo e tudo mais. Tenho certeza de que agora, pegando firme nisso daí com o Ministério Público junto, nós vamos conseguir dar uma arrumada boa na cidade”, declarou.
O prefeito também destacou que a desorganização dos fios tem causado acidentes e transtornos evitáveis à população. Ele reafirmou o compromisso da gestão em colaborar com as empresas para resolver o problema de forma conjunta. “Nós já tivemos uma primeira experiência, um modus operandi que já tirou esses cabos. Vamos repetir essa ação e fazer uma força-tarefa. Dentro do meu limite, eu participo também”, afirmou.
Além da remoção dos fios, o programa prevê a regularização das empresas que atuam de forma clandestina. O presidente da Agência de Regulação de Goiânia (AR), Hudson Novais, informou que será criada uma lista positiva com os nomes das operadoras legalmente cadastradas. “Agora, só vai regularizar realmente quem quer, a gente sabe disso. E quem continuar na clandestinidade vai ter os trabalhos interrompidos”, pontuou.
A promotora Alice Freire, da 8ª Promotoria de Justiça, elogiou o comprometimento da Prefeitura e ressaltou que a iniciativa vai além da estética urbana. “Fios soltos e abandonados representam um risco real à população e a ausência de uma ação coordenada mantém a cidade exposta a acidentes evitáveis”, disse. Ela defendeu a união entre os setores público e privado para garantir uma Goiânia mais segura e organizada.
O gerente de relacionamento da Equatorial, André Abrão, informou que a empresa já realizou mais de 50 mil notificações sobre irregularidades em Goiânia. “Participar deste processo, que vai cuidar da cidade, que de fato também é minha, é algo muito gratificante. O grupo de trabalho aqui está pensando na população”, afirmou.
Já o presidente da Associação das Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicação e Internet do Centro-Oeste, Romenig Júnior Antônio de Lima, anunciou que a entidade fará um plano de ação para notificar os provedores regulares e levantar dados sobre os clandestinos. “É fácil saber quem são os irregulares porque eles têm que identificar o cabo deles. Eles informam uma quantidade na Equatorial e acabam passando muito mais cabos”, explicou.
