Encontro com representantes da construção civil busca soluções para evitar danos à infraestrutura urbana e melhorar a mobilidade
“Estamos investindo R$ 700 milhões para recuperar a malha asfáltica de Goiânia e não podemos permitir que esses recursos sejam desperdiçados. Se não houver disciplina, continuaremos enfrentando os mesmos problemas. Precisamos que todos colaborem para colocar ordem na cidade”, declarou o prefeito Sandro Mabel.
Em reunião realizada nesta terça-feira (30), o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), se encontrou com lideranças do setor da construção civil para discutir medidas regulatórias sobre o transporte e o descarte de concreto na capital. O encontro ocorreu na sede da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi) e teve como foco a criação de diretrizes que evitem prejuízos à malha viária e à infraestrutura urbana provocados por caminhões betoneira.
Durante a reunião, Mabel expressou preocupação com o excesso de peso desses veículos e anunciou a intenção de adquirir balanças rodoviárias móveis para reforçar a fiscalização. O prefeito também criticou o descarte irregular de concreto nas vias públicas, que pode causar obstruções e danos estruturais, e afirmou que a prefeitura estabelecerá novas normas para o setor. “Estamos investindo R$ 700 milhões para recuperar a malha asfáltica de Goiânia e não podemos permitir que esses recursos sejam desperdiçados. Se não houver disciplina, continuaremos enfrentando os mesmos problemas. Precisamos que todos colaborem para colocar ordem na cidade”, declarou.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Hidebrair de Freitas, reconheceu a relevância da pauta e reforçou o compromisso do setor com a sociedade. “Nós entendemos o apelo que vem não só do prefeito, mas também da comunidade goianiense como um todo. É muito importante organizarmos o trânsito, as descargas e, principalmente, as obras”, afirmou.
Felipe Melazzo, presidente da Ademi, repudiou práticas ilegais como o descarte de concreto nas ruas e defendeu que eventuais punições sejam aplicadas diretamente aos responsáveis pelas infrações. “Todas as empresas já seguem procedimentos operacionais rigorosos de limpeza, descarte e meio ambiente. O que defendemos é que, quando houver infração, a punição seja direcionada ao agente que cometeu o ato e não à empresa que cumpre as normas”, pontuou.
Wagner Lopes, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Serviço de Concretagem, destacou que a frota de caminhões betoneira tem sido atualizada com modelos mais leves e compatíveis com a legislação vigente. “O caminhão betoneira não danifica o asfalto e é projetado para não derramar concreto. Quando isso acontece, é falha de operação e operador é punido”, explicou.
O secretário municipal de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, reforçou que o alinhamento entre o poder público e o setor privado é essencial para minimizar os impactos no tráfego e no meio ambiente. Já Fernando Peternella, secretário municipal da Eficiência, sugeriu a definição de horários específicos para circulação de veículos pesados, como caminhões betoneira e caçambas, entre 9h e 16h, fora dos períodos de maior fluxo. “Nosso objetivo é que esse trabalho conjunto com o setor resulte em uma cidade mais organizada, com obras acontecendo sem comprometer a mobilidade urbana e o dia a dia das pessoas”, afirmou.
O encontro foi encerrado com o compromisso de manter o diálogo entre a prefeitura e as entidades representativas do setor, visando à preservação da infraestrutura urbana e ao desenvolvimento sustentável da construção civil. “Queremos ser parceiros, mas não podemos abrir mão da ordem. Goiânia precisa avançar, e isso só será possível se todos fizerem a sua parte”, concluiu Mabel.
