Marca pernambucana, famosa pela “branquinha”, aposta em rótulos envelhecidos e conquista mais de 50 países
A tradicional cachaça Pitú, produzida há 87 anos em Vitória de Santo Antão (PE), voltou aos holofotes após ser mencionada no hit da cantora Laércia Dantas, que viralizou nas redes sociais com a frase “Garçom, tem Pitú?”. A referência popular à “branquinha” reacendeu o interesse pela marca, que hoje oferece versões sofisticadas da bebida.
Entre os rótulos mais refinados está a Pitú Vitoriosa, lançada em 2013 para celebrar os 75 anos da empresa. A garrafa de 750 ml custa R$ 260 e passa por um processo de envelhecimento de cinco anos em barris de carvalho francês, seguido de maturação em carvalho americano, o que confere sabor e coloração diferenciados.
Outra opção é a Pitú Gold, comercializada por R$ 49. Trata-se de uma aguardente 100% envelhecida em carvalho americano, com 39% de teor alcoólico, assim como a Vitoriosa. A versão Gold também é exportada, junto à tradicional Pitú Silver, encontrada em sites internacionais por cerca de US$ 15 — o equivalente a R$ 80 na cotação atual.
A Pitú está presente em mais de 50 países e lidera o mercado de cachaças em nações como Alemanha, Áustria, Espanha, Grécia, Suíça, Portugal, Canadá, México e Argentina. A expansão internacional começou em 1970, com as primeiras exportações para a Alemanha.
Fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes, a empresa iniciou suas atividades com a produção de vinagre e bebidas, além do engarrafamento de aguardente fornecida por engenhos locais. Em 1945, adquiriu seu próprio engenho e passou a produzir a cachaça internamente, dando origem à Indústria de Aguardente Pitú.
O crescimento da marca foi acompanhado por inovações, como o lançamento da cachaça em lata, em 1980, e a diversificação de sabores a partir de 1998. A fábrica atual, inaugurada em 1974 às margens da BR-232, permanece em funcionamento e está aberta à visitação.
Fonte: Portal Terra



