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Casa Artigos

No Videotape do Sonho. Por Wilton Emiliano Pinto *

Jeverson by Jeverson
21 de setembro de 2025
in Artigos
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No Videotape do Sonho. Por Wilton Emiliano Pinto *

Foto: Reprodução

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Na passagem do tempo, a cada época surgem ídolos. Seja na música, no cinema ou no futebol, eles se tornam símbolos que marcam gerações.

Depois da conquista do tricampeonato em 1970, Moacir Franco compôs a “Balada Número 7”   (https://youtu.be/yxgZjovTvus?si=uR82Ma4ZtikEQNNq).

 A canção foi inspirada em Mané Garrincha, o craque que, embora não estivesse em campo naquele título, já havia encantado o mundo com sua arte simples e genial. Era como se o país inteiro lhe prestasse uma última reverência.

A música fala da glória que passa, da despedida inevitável e da memória que insiste em permanecer.
E então percebi: embora tenha passado tantos anos, a história do craque não é apenas a de um jogador. É também, a qualquer tempo, o retrato da vida de cada um de nós.

A vida, como um grande estádio, já esteve cheia de vozes.
Havia aplausos, risos, correria.
A juventude corria leve, acreditando que a força seria eterna.

Cada conquista parecia um troféu.
Cada desafio vencido era comemorado como gol.
E cada instante tinha gosto de vitória.

Mas o tempo é um craque invisível.
Não corre. Não se apressa.
E quando menos percebemos, começa a impor seus dribles certeiros.

Primeiro, rouba a velocidade.
Depois, o fôlego.
Mais tarde, leva a firmeza das mãos, o alcance dos olhos.

O corpo, que já foi palco de ousadias, pede descanso.
As pernas pesam.
O coração bate mais devagar.
A energia se despede aos poucos, como um jogador que deixa o campo sob aplausos silenciosos.

Há um momento em que o silêncio fala mais alto do que o barulho das conquistas.
O palco, antes iluminado pelos sonhos, se esvazia devagar.
As cadeiras que um dia foram cheias de expectativas tornam-se registros de um passado que já não volta.

Assim é a vida: um campeonato de instantes.
No início, corremos sem medo.
Saltamos.
Ousamos.
Somos incansáveis.
Acreditamos que a força nunca nos faltará.

Mas a juventude se vai.
E em seu lugar chega algo maior: a sabedoria de quem aprendeu a viver.

Envelhecer é como rever o próprio filme em reprise.
As cenas voltam em flashes:
o primeiro amor,
o trabalho que deu orgulho,
os filhos crescendo,
as viagens, as festas, os risos,
até mesmo as lágrimas que nos ensinaram tanto.

Tudo isso se torna um videotape do sonho, gravado para sempre na lembrança.

E quando o corpo já não responde, aprendemos outra lição:
a velocidade da corrida cede espaço à serenidade do caminhar.
O desejo de conquistar dá lugar à gratidão.
A pressa, que sempre empurrou para frente, abre caminho para a contemplação.

Então entendemos que a vida não é apenas sobre vencer.
É sobre participar com intensidade de cada partida.
Não é sobre permanecer sempre em campo, mas sobre saber a hora de se recolher às arquibancadas do tempo.

E ali, com ternura, observar os novos jogadores — os filhos, os netos, as gerações que continuam a partida.

O envelhecimento não é derrota.
É mudança de posição.

Se já fomos atacantes ousados, agora nos tornamos narradores.
Contamos a partida aos que chegam.
Entregamos a bola às novas gerações.

O time do tempo vence sempre.
Mas não leva tudo.
Pode tirar o vigor do corpo.
Mas não apita o fim da memória.
Nem encerra os sonhos guardados no coração.

Cada lembrança é medalha.
Cada saudade, um distintivo invisível.

E então surge a pergunta inevitável:
“Cadê você?”

A resposta vem suave:
Eu passei, como todos passam.
Mas deixei minha marca.

Minha história está gravada na fita invisível da memória.
Meu nome permanece no coração de quem me amou.

No fim, já não importa o placar, nem o apito que anuncia a última jogada.

O que realmente conta é o quanto nos entregamos em cada lance,

a coragem com que enfrentamos a vida

e a intensidade com que vivemos cada instante.

O tempo pode até vencer a partida,

mas jamais apagará a chama de quem jogou com o coração.

Porque os gols da memória e os aplausos da lembrança são eternos

— e é neles que a vida encontra sua verdadeira vitória.

Contador e servidor público aposentado, Wilton Emiliano Pinto dedica-se hoje à escrita de crônicas que celebram o cotidiano.

Tags: ArtigosFutebolMané GarrinchaMemória VivaMoacyr FrancoVideo tapae dos sonhosWilton Emiliano Pinto
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