Mudanças no CadÚnico
Atualmente, o sistema conta com 71,7 milhões de pessoas cadastradas.
O Cadastro Único, ferramenta essencial para o acesso de famílias de baixa renda a programas sociais como o Bolsa Família, passará por uma série de mudanças a partir da próxima semana.
De acordo com a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, a nova plataforma trará maior eficiência no atendimento ao cidadão.
“A novidade melhorará a vida do operador, que não terá que gastar tanto tempo digitando as informações, e a vida do usuário, que não precisará repetir dados que o poder público já possui”, destacou Bartholo.
Período de transição e continuidade dos serviços
A migração da base de dados começou em 1º de março e será concluída no domingo (16). Durante esse período, os serviços nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros Especializados de Assistência Social (Creas) e outras unidades de assistência social seguiram funcionando normalmente, sem interrupção no atendimento à população.
Principais mudanças no Cadastro Único
- CPF como chave de identificação: O Cadastro Único passará a utilizar o CPF como identificador principal, permitindo maior integração com a Carteira de Identidade Nacional e outras bases biométricas. Essa alteração reforça a segurança do sistema e reduz riscos de fraudes.
- Automatização de preenchimento: O novo portal de gestão do CadÚnico permitirá que informações das famílias sejam preenchidas de forma automática, diminuindo erros e tornando o atendimento na rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) mais eficiente.
- Integração de dados acelerada: A conferência de informações, que antes podia levar de dois a três meses, passará a ser feita em poucos dias.
- Preenchimento automático com dados de outras bases: O sistema processará automaticamente informações oriundas de bases como:
- Registro de óbitos e nascimentos
- Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
- Receita Federal
- Previdência Social, entre outras.
- Capacitação contínua: A plataforma oferecerá cursos de qualificação a distância para garantir que todos os operadores e entrevistadores estejam atualizados.
- Monitoramento e segurança: Um novo sistema de gestão de riscos e monitoramento será implementado para coibir fraudes e outras irregularidades.
- Relatórios analíticos para municípios: Prefeituras contarão com uma ferramenta avançada de relatórios, auxiliando no planejamento e na gestão de políticas públicas.
- Acesso offline em dispositivos móveis: O formulário do Cadastro Único poderá ser preenchido offline em tablets e celulares, permitindo a coleta de dados em regiões sem conexão com a internet.
- Eliminação da transcrição manual: Entrevistadores sociais poderão transferir os dados diretamente para o sistema, sem necessidade de transcrição manual.
- Manutenção dos formulários em papel: Apesar da digitalização, os formulários impressos continuarão disponíveis para inscrição e atualização dos dados das famílias quando necessário.
O que é o Cadastro Único?
O Cadastro Único é um registro do governo federal que identifica e caracteriza famílias de baixa renda em todo o país. Ele é atualizado e operacionalizado pelas prefeituras, de forma gratuita, e serve como base para a concessão de diversos programas sociais.
Quem pode se inscrever?
Podem se cadastrar famílias com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa. O processo de inscrição deve ser realizado presencialmente em um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou em outros postos de atendimento do município.