A cantora de soul e R&B tinha 88 anos.
A música perdeu uma de suas grandes vozes com o falecimento de Roberta Flack, renomada artista conhecida pela interpretação de “Killing Me Softly With His Song”. A cantora morreu nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, aos 88 anos.
De acordo com um comunicado divulgado por sua porta-voz, Elaine Schock, Flack faleceu pacificamente em sua residência, cercada por seus familiares.
“Estamos de coração partido após a gloriosa Roberta Flack ter nos deixado. Roberta quebrou barreiras e recordes. Ela também foi uma educadora que sempre teve orgulho do seu legado”, afirmou a equipe da artista.
Um legado de talento e superação
Nascida em 1937, na cidade de Black Mountain, Carolina do Norte, Roberta Flack cresceu em um ambiente repleto de influências musicais. Sua mãe, organista de igreja, teve papel fundamental em sua formação artística.
Demonstrando habilidade musical desde a infância, começou a tocar piano aos nove anos e, aos 15, foi aceita na Howard University, sendo uma das mais jovens estudantes da instituição.
Concluiu seus estudos aos 19 anos e, inicialmente, sonhava com uma carreira como cantora de ópera. Paralelamente, trabalhou como professora e se apresentou em clubes noturnos nos períodos livres, o que marcou o início de sua trajetória na música.
Ascensão ao estrelato e reconhecimento internacional
Em 1969, Roberta Flack lançou seu álbum de estreia, “First Take”, gravado em apenas 10 horas. Seu talento vocal e sua interpretação emocionante rapidamente conquistaram o público e a crítica.
O auge de sua carreira veio em 1974, quando venceu o Grammy Award com “Killing Me Softly With His Song”. Com isso, tornou-se a primeira artista a ganhar a categoria por cinco anos consecutivos, consolidando seu nome na história da música.
Problemas de saúde e despedida dos palcos
Em 2018, Roberta Flack afastou-se dos palcos após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) alguns anos antes. Em 2022, revelou que havia sido diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica (ELA), condição que a impossibilitou de continuar cantando.
No campo pessoal, a cantora foi casada com o músico de jazz Steve Novosel entre 1966 e 1972. Ela deixa um filho, o também músico Bernard Wright.
Seu legado permanece através de suas músicas atemporais, que seguem inspirando artistas de diversas gerações.