Profissional acompanhou o sertanejo por mais de 25 anos e marcou presença em momentos decisivos da carreira
Uma trajetória de dedicação e parceria
O cantor Leonardo perdeu nesta terça-feira, 9, uma das figuras mais importantes de sua trajetória profissional. A assessora de imprensa Ede Cury, que esteve ao lado do artista por quase três décadas, faleceu, segundo informações divulgadas pelo Portal Leo Dias. A causa da morte não foi informada pela família.
Logo após a notícia, Leonardo prestou uma homenagem emocionada à parceira de longa data. “Minha querida Ede, você sabe o quanto foi importante na minha vida e do meu irmão Leandro. Segurou muitas broncas, cuidou de mim como filho, e da minha família como sua. Colheu minhas lágrimas nos momentos mais difíceis, sempre com uma palavra amiga. Obrigado por tudo Ede, foram mais de 25 anos de cumplicidade e fidelidade. Para sempre estará no meu coração”, escreveu o cantor em suas redes sociais.
Referência na comunicação sertaneja
Ede Cury iniciou sua carreira em 1990 e acompanhou Leonardo desde os tempos da dupla com o irmão Leandro. Reconhecida pela dedicação e profissionalismo, foi responsável por cuidar da imagem do artista nos veículos de comunicação e esteve presente em episódios marcantes, como a morte de Leandro em decorrência de um câncer e o acidente de carro sofrido por Pedro Leonardo, filho do cantor.
Sempre disponível para jornalistas, Ede organizava coletivas, enviava boletins e mantinha a imprensa informada em momentos de grande repercussão, tornando-se referência na comunicação do meio sertanejo.
Recordações sobre a morte de Leandro
Em entrevista ao jornalista André Piunti, Ede relembrou o desafio de lidar com a cobertura da doença e morte de Leandro. “Ele foi no dentista e fez uma chapa e apareceu o tumor. Foi aí que começou a nossa saga. Todos nós achávamos que ele ia se curar. Do dia da descoberta até a morte foram 63 dias”, contou.
Ela também destacou a decisão de comunicar a doença publicamente: “Eu acreditava na força da oração do povo brasileiro. Falei: olha, Leandro e Leonardo, vamos fazer uma coletiva e dizer verdadeiramente o que está acontecendo. Porque você vai fazer um tratamento para melhorar e pronto. A conversa foi super-rápida, contratei uma sala para a imprensa. O povo estava desconfiando, mas tinha o cancelamento dos shows que a gente precisava dar uma satisfação porque ele não podia mais fazer. Eu queria jogar o Leandro nos braços dos fãs. Me acusaram de ser marketeira na época, mas era sincero”.
Últimos momentos e despedida
Ede relatou ainda como enfrentou os momentos finais do cantor Leandro e a organização do velório. “Os médicos já tinham me chamado e falado que ele não ia aguentar. A família foi toda para o hospital, menos o Leonardo que estava fazendo show, estava na Bahia. Eu não sei como, mas as coisas vão vazando”, disse.
Após a morte, ela assumiu a responsabilidade de preparar o velório: “Quando o Leandro foi embora, sumiu todo mundo. Eu só encontrei o motorista do Leandro. Ficou aquilo: como vai ser? Onde vai ser? E eu tinha que vestir o Leandro. E agora?”.
Sobre o famoso chapéu colocado no caixão, explicou: “Ele pegou a roupa inteirinha, aquela história do chapéu na beira do caixão, que eu não fui super penalizada por isso, na verdade era porque eu não tinha onde colocar o chapéu. Achavam que era marketing. Além de ser dele, eu não mandei buscar um chapéu, naquela confusão eu fiquei andando com ele [a peça]”.
Legado na música sertaneja
Com mais de 25 anos de parceria, Ede Cury deixa um legado de profissionalismo e fidelidade, sendo lembrada como uma das principais responsáveis pela comunicação de Leonardo e por sua postura firme e humana diante dos momentos mais delicados da carreira do cantor.

Ede Cury com Leonardo e Poliana Rocha – Foto: Reprodução / Instagram



