Relatório Focus também aponta crescimento de 2,16% para o PIB em 2025; expectativa para a Selic permanece elevada
Previsões atualizadas do boletim Focus
A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação oficial do país, recuou de 4,45% para 4,43% em 2024. Os dados constam no boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central, documento semanal que reúne as expectativas das principais instituições financeiras sobre o desempenho da economia brasileira.
As estimativas para os anos seguintes sofreram pequenas variações: para 2026, a previsão passou de 4,18% para 4,17%; para 2027 e 2028, foram mantidas as projeções de 3,8% e 3,5%, respectivamente.
Meta de inflação e impacto do resultado de outubro
Esta é a terceira semana consecutiva em que o mercado revisa a inflação para baixo, movimento influenciado pelo resultado de outubro, que registrou o menor índice para o mês em quase três décadas. Com o novo número, a expectativa volta a se aproximar do teto da meta perseguida pelo Banco Central.
A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — entre 1,5% e 4,5%.
Segundo o IBGE, a redução da tarifa de energia elétrica contribuiu para que o IPCA de outubro ficasse em 0,09%, após marcar 0,48% em setembro. Há um ano, em outubro de 2024, o índice havia sido de 0,56%. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 4,68%, ficando pela primeira vez em oito meses abaixo de 5%, embora ainda acima do limite superior da meta.
Juros básicos permanecem elevados
Para conduzir a inflação à meta, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa foi mantida pela terceira reunião seguida, diante do cenário de desaceleração econômica e arrefecimento da inflação.
O BC, entretanto, mantém a possibilidade de voltar a elevar a Selic “caso julgue apropriado”, diante de um ambiente externo considerado incerto, sobretudo por causa da política econômica dos Estados Unidos e seus reflexos nas condições financeiras globais. No plano doméstico, a autarquia ressalta que a inflação ainda se mantém acima da meta.
A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2025 ainda em 15% ao ano, recuando para 12% em 2026. Para 2027 e 2028, as projeções apontam para novas reduções, chegando a 10,5% e 9,5%, respectivamente.
Efeitos da Selic sobre a economia
Quando o Copom eleva os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, encarecendo o crédito e estimulando a poupança — o que ajuda a reduzir pressões inflacionárias. Por outro lado, juros altos podem limitar o crescimento econômico. Além da taxa básica, os bancos consideram fatores como risco de inadimplência, custos operacionais e margem de lucro ao definir os juros ao consumidor.
Já uma Selic menor tende a baratear o crédito, impulsionar a produção e estimular o consumo, mas reduz o controle sobre a inflação. Se desejar, posso incluir sugestões de SEO ou ajustar o texto ao padrão editorial do seu portal.



