Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera uma cerimônia no Palácio do Planalto para lembrar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O evento busca celebrar a democracia e marcar a reintegração de diversas obras de arte danificadas durante os atos de vandalismo. Entre as peças restauradas que retornarão ao acervo do governo estão o icônico relógio de pêndulo do século XVII e uma ânfora portuguesa, ambas profundamente avariadas nos ataques.

A programação será dividida em quatro atos, reunindo representantes dos Três Poderes, como o ministro do STF Luiz Edson Fachin e o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo. Contudo, algumas ausências foram registradas, incluindo as dos presidentes da Câmara, do Senado e do STF.

Reintegração de obras restauradas

A cerimônia terá início às 9h30 com a devolução de peças restauradas ao Palácio do Planalto. Destaque para o relógio de pêndulo trazido ao Brasil por Dom João VI, confeccionado com casco de tartaruga e bronze, que precisou ser enviado à Suíça para reparos. Outra obra de grande relevância é a tela “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, severamente rasgada durante os ataques e agora recuperada.

Além dessas peças, o governo apresentará outras obras restauradas, como quadros de Frans Krajcberg, Clóvis Graciano e Armando Viana, representando um esforço para reparar o patrimônio cultural e histórico danificado.

Abraço à democracia

Um momento simbólico do evento será o chamado “abraço à democracia”. Nele, Lula e outras autoridades caminharão do Palácio do Planalto até a Praça dos Três Poderes. No local, um arranjo de flores formará a palavra “democracia”, simbolizando a união entre os poderes e o compromisso com os valores democráticos.

Contexto histórico e reforço institucional

O ato marca um momento importante na história política recente do Brasil, reforçando os esforços para restaurar a ordem após os ataques aos Três Poderes em 2023. Desde então, o país tem trabalhado para fortalecer as instituições democráticas e promover a estabilidade política.

Ao promover a cerimônia, o governo também envia uma mensagem sobre a importância da preservação cultural e do compromisso com a liberdade e a justiça. Segundo Lula, “a memória dos eventos de 8 de janeiro deve servir como um lembrete de que a democracia precisa ser constantemente defendida”.