O reforço contará com apoio da Polícia Militar no entorno do prédio da Corte, controle mais rígido de entrada e ações para evitar ataques cibernéticos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) adotará um esquema especial de segurança durante o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado para os dias 25 e 26 de março.
A decisão ocorre após o tribunal registrar uma série de ameaças desde que o julgamento foi anunciado. Os ataques, segundo o STF, aumentaram significativamente nos últimos dias e incluem mensagens por telefone e e-mail.
Além da segurança interna, haverá alterações no trânsito nas imediações do edifício-sede do Supremo, em Brasília. Em nota oficial, a Corte informou que as medidas foram definidas com base em uma análise de risco e no atual contexto político e institucional.
“A Secretaria de Polícia Judicial adotou medidas preventivas para garantir a segurança de todos durante o evento, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e outros órgãos parceiros. Entre as ações estão maior controle de acesso, monitoramento do ambiente, policiamento reforçado e equipes de pronta resposta para emergências. O objetivo é assegurar a realização do julgamento e garantir a segurança de servidores, colaboradores, advogados e imprensa”, informou o STF.
O julgamento
A análise da denúncia ocorrerá em três sessões da Primeira Turma do Supremo: duas na terça-feira (25), às 9h30 e 14h, e uma na quarta-feira (26), às 9h30. Além de Bolsonaro, outras sete pessoas são acusadas de participar de um suposto plano para tentar um golpe de Estado.
Caso a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) seja acolhida, os envolvidos se tornam réus e passam a responder formalmente pelos crimes na esfera penal. A partir daí, o processo entra na fase de instrução, etapa que inclui coleta de provas, depoimentos, análises de documentos e interrogatórios dos investigados.