Curativo inovador chamado “Rapha” combina látex natural e luzes de LED para acelerar a cicatrização do pé diabético e está prestes a chegar ao SUS
Uma tecnologia desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB) visa combater o pé diabético, uma grave complicação da diabetes que causa feridas e infecções nos pés, e que é responsável por cerca de 50 mil amputações por ano no Brasil.
A invenção, chamada Rapha, é um curativo que combina um componente simples, o látex natural, com luzes de LED, criando um efeito poderoso para acelerar a cicatrização.
Como a tecnologia Rapha funciona
O curativo atua em duas frentes para regenerar os tecidos e fechar as feridas de forma mais rápida e eficiente:
- Látex Natural: Ajuda o corpo a criar novos vasos sanguíneos (vasinhos), melhorando a circulação na área afetada.
- Luzes de LED: Ativam as células da pele, estimulando o processo de cicatrização.
A pesquisadora e professora na UnB e na Universidade Cornell, Suélia Fleury Rosa, ressalta o impacto social da inovação: “É uma ferida que é muito comum em pessoas de baixa renda. É muito comum em pessoas com pouco acesso à educação. É muito usual a gente ter um elevado nível de amputação por conta desse tipo de problema social.”
Do laboratório ao mercado
A jornada para tirar a ideia do papel levou quase 20 anos, passando pelo que os cientistas chamam de “vale da morte” da inovação — o período difícil entre o sucesso em laboratório e a transformação em produto comercializável.
Após exaustivas sistemáticas científicas e comprovações de eficácia, a tecnologia Rapha já possui:
- Aprovação de Segurança do Inmetro.
- Aguardando o “ok” final da Anvisa para ser disponibilizada para uso público, com expectativa de chegar ao SUS (Sistema Único de Saúde).
A pesquisadora Suélia Fleury Rosa expressou sua motivação: “A meta é começar a ver ele sendo utilizado, né? E as pessoas terem mais essa opção.” A inovação promete ajudar milhares de pessoas, tanto no Brasil quanto globalmente, a evitar amputações.
Fonte: DW


