De acordo com a fundação, 20 das 27 unidades federativas apresentam incidência de Srag em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento prolongado.
O vírus influenza A segue em expansão pelo território brasileiro. Conforme o boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (22) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o aumento no número de casos foi mais significativo na região Centro-Sul, além de diversos estados das regiões Norte e Nordeste.
A Fiocruz também destaca o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em várias unidades da federação. Esse patógeno continua a gerar um volume expressivo de internações em crianças de dois a quatro anos, além de mortes em menores de até dois anos de idade.
O avanço da influenza A tem impulsionado o crescimento das internações por Srag, permanecendo como a principal causa de óbito pela síndrome entre idosos e figurando entre as três principais causas de morte por Srag em crianças.
Segundo o boletim, 20 das 27 unidades federativas do país registram incidência da síndrome em níveis classificados como de alerta, risco ou alto risco, com perspectiva de crescimento no longo prazo.
Por outro lado, em algumas localidades, como Goiás, São Paulo e o Distrito Federal, o ritmo de crescimento dos casos de infecções respiratórias causadas pelo VSR apresentou desaceleração durante a semana epidemiológica analisada, de 11 a 17 de maio. Ainda assim, os índices de incidência seguem elevados.
Em São Paulo, o governo estadual ampliou a vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos seis anos de idade. A vacina foi incorporada, neste ano, ao Calendário Nacional de Vacinação, conforme orientação do Ministério da Saúde.
A campanha começou com foco nos grupos prioritários: idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.
Em Goiás, a baixa adesão à vacinação gera preocupação entre autoridades de saúde.