Condenado a 73 anos de prisão por estuprar 17 mulheres, Fernando estava foragido desde outubro de 2024.
Fernando Bispo da Silva, de 52 anos, foi capturado nesta sexta-feira (10), na região central de São Paulo, após ser identificado pelo sistema de reconhecimento facial do programa Smart Sampa, que utiliza inteligência artificial.
De acordo com a Polícia Civil, o condenado foi localizado enquanto caminhava próximo à Rua 25 de Março. As câmeras do sistema o identificaram, e agentes da Guarda Civil Metropolitana realizaram a prisão. Ele foi conduzido à delegacia e permanece à disposição da Justiça.
Modus operandi e crimes
Natural de Mar Vermelho, em Alagoas, Fernando Bispo da Silva adotava um padrão para cometer os crimes. Ele se aproximava das vítimas encapuzado e armado com um facão, abordando mulheres que desembarcavam em pontos de ônibus e forçando-as a ir para matas próximas.
O acusado foi condenado com base em uma série de investigações que detalharam o modus operandi e identificaram o agressor. Sua captura encerra um período de impunidade iniciado com sua fuga no final do ano passado.
Tecnologia a serviço da segurança
O sistema Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, foi fundamental para a prisão de Fernando. A tecnologia utiliza inteligência artificial para cruzar imagens capturadas por cerca de 20 mil câmeras espalhadas pela cidade com bancos de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).
Além disso, o programa tem acesso ao banco de dados federal, permitindo a identificação de veículos roubados ou furtados. Em seus primeiros seis meses de operação, o Smart Sampa ajudou na prisão de 388 foragidos da Justiça e na realização de 1.532 prisões em flagrante.
Impacto da prisão
A captura de Fernando Bispo da Silva representa um marco nos esforços de combate à violência sexual e destaca o papel crescente da tecnologia no reforço da segurança pública. Autoridades comemoraram o resultado e reforçaram o compromisso de ampliar o uso de ferramentas tecnológicas para proteger a população.
Da Redação/Click News/Correio Braziliense