O Hamas anunciou nesta segunda-feira (20) que planeja libertar mais um grupo de reféns no próximo sábado (25).
A informação foi confirmada pelo porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, que afirmou que cinco mulheres israelenses devem ser entregues pelo grupo.
Em contrapartida, Israel se compromete a soltar até 250 prisioneiros palestinos, como parte do acordo que prevê a liberação de 30 a 50 presos para cada refém devolvido.
A medida integra o cessar-fogo firmado entre Israel e Hamas na semana passada. O acordo estabelece a devolução de cerca de 100 reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o sul de Israel, deixando 1.200 mortos. Em troca, Israel deve libertar prisioneiros palestinos e suspender bombardeios e operações militares na Faixa de Gaza.
Primeiras liberações
No último fim de semana, o Hamas libertou as primeiras reféns: duas israelenses e uma britânica com dupla nacionalidade. Elas fazem parte do primeiro grupo de 33 reféns que o Hamas se comprometeu a devolver nos próximos dias.
As três mulheres foram entregues à Cruz Vermelha e passaram por avaliações médicas ao chegar em Israel. Entre as reféns estão:
• Romi Gonen, 24 anos, sequestrada enquanto deixava o festival Supernova.
• Emily Damari, 28 anos, com dupla nacionalidade britânica-israelense, capturada no Kibutz Kfar Aza, no sul de Israel.
• Doron Steinbrecher, 31 anos, enfermeira veterinária sequestrada em seu apartamento no mesmo kibutz.
Em troca, Israel libertou prisioneiros palestinos, a maioria mulheres e crianças.
Etapas do acordo
O acordo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, prevê o fim das hostilidades e a liberação gradual de reféns.
• Primeira etapa: cessar-fogo, troca de reféns e aumento da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Estima-se que 600 caminhões de suprimentos possam entrar diariamente no território, três vezes mais do que o máximo registrado durante o conflito.
• Segunda etapa: devolução de reféns restantes, incluindo corpos, e retirada total de Israel de Gaza.
• Terceira etapa: negociações para a reconstrução da Faixa de Gaza e debate sobre o futuro governo da região, já que Israel não aceita o Hamas como administrador do território.
O acordo também prevê a saída de tropas israelenses do corredor Netzarim, a reabertura gradual da passagem de Rafah e o retorno de moradores do norte de Gaza às suas casas, desde que desarmados.
A expectativa é de que todas as liberações sejam concluídas nas próximas semanas, abrangendo 33 reféns israelenses e quase 2 mil palestinos, entre prisioneiros recentes e detidos antes de outubro de 2023.
Da Redação/Click News/G1