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Casa Economia

Guerra comercial ou guerra por poder? Entenda o embate China-EUA

Administrador by Administrador
9 de abril de 2025
in Economia, Mundo
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Guerra comercial ou guerra por poder? Entenda o embate China-EUA

Primeiro mandato de Trump foi marcado por gestos de cordialidade com Xi Jinping, mesmo com embates comerciais em curso - Foto: Kevin Lamarque/REUTERS

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Iniciada com tarifas, a guerra comercial entre China e EUA reflete rivalidade estratégica mais ampla e sem previsão de fim

Há pouco mais de um mês, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, adotou um tom contundente ao responder às novas tarifas anunciadas por Washington. Em uma coletiva realizada em Pequim no dia 4 de março, ele afirmou que, caso os Estados Unidos insistissem em manter uma guerra tarifária ou qualquer outro tipo de embate econômico, a China estaria disposta a “lutar até o fim”.

Na ocasião, os impostos sobre produtos chineses estavam na casa dos 20%. Desde então, a escalada foi vertiginosa: tarifas americanas ultrapassaram os 100% praticamente da noite para o dia, consolidando o que analistas já classificam como uma guerra comercial em larga escala entre as duas maiores economias do planeta.

Nenhum dos lados demonstra disposição para recuar. Em retaliação às novas medidas adotadas pelos EUA, o governo chinês anunciou, nesta quarta-feira (9), a elevação de tarifas sobre todos os produtos americanos para 84%, com vigência imediata. Horas depois, a Casa Branca respondeu com novo aumento: alíquotas contra importações chinesas subiram para 125%. A escalada tarifária reacende temores de um choque econômico global, com impactos imprevisíveis sobre mercados e cadeias produtivas.

O que caracteriza uma guerra comercial

Guerra comercial é o termo usado para descrever um confronto econômico no qual países impõem barreiras ao comércio entre si — como tarifas alfandegárias e medidas protecionistas — geralmente em ciclos de retaliação. Em sua origem, essas disputas são motivadas por políticas voltadas à proteção de indústrias nacionais ou à correção de desequilíbrios comerciais.

Ao longo da história, diversas disputas comerciais assumiram contornos geopolíticos. Nos séculos 17 e 19, conflitos como as Guerras Anglo-Holandesas e a Primeira Guerra do Ópio tiveram forte componente comercial. Em tempos mais recentes, embates tarifários foram, muitas vezes, mediados por organismos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) ou solucionados por meio de acordos multilaterais, como o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), firmado em 1947.

Escala de tensões e desequilíbrio comercial

Embora a tensão tenha se intensificado nas últimas semanas, a disputa comercial entre Estados Unidos e China remonta ao início do governo Trump, em 2018. Naquele ano, foram impostas as primeiras tarifas sobre bens chineses, o que levou a uma resposta proporcional de Pequim. Apesar de um acordo parcial firmado em 2020, a maioria das tarifas foi mantida — e, agora, ampliada.

O volume de comércio entre os dois países atingiu cerca de US$ 585 bilhões em 2024. Desse total, US$ 440 bilhões correspondem a exportações chinesas para os EUA, enquanto os americanos exportaram US$ 145 bilhões para a China, revelando um expressivo superávit comercial em favor de Pequim.

Segundo estimativas, as tarifas americanas sobre produtos chineses chegam hoje a 104%. Do lado chinês, as tarifas sobre bens americanos giram em torno de 56%, com tendência de alta. Além das barreiras tarifárias, ambos os países vêm impondo restrições não tarifárias. A China, por exemplo, anunciou a proibição da exportação de terras raras — insumos essenciais para a indústria de tecnologia — e iniciou uma investigação antitruste contra a filial local da empresa americana DuPont.

A possibilidade de novas medidas retaliatórias é real. Pequim pode mirar gigantes como Apple, Google e Nvidia, ou ainda restringir o investimento de empresas chinesas nos EUA. Do lado americano, Trump tem sinalizado que pretende endurecer ainda mais as restrições, especialmente em setores estratégicos e de alta tecnologia.

Um cenário de múltiplas frentes

A política de “tarifas recíprocas” implementada por Trump nesta semana amplia o risco de que novas disputas comerciais se espalhem. As medidas incluem tarifas gerais de 10% aplicadas a dezenas de países. Ainda que algumas nações estejam tentando negociar exceções, a postura da Casa Branca aponta para um endurecimento da política comercial dos EUA.

A União Europeia, por sua vez, afirmou ter proposto um acordo de tarifas “zero a zero” com os EUA, mas também anunciou a intenção de aplicar tarifas de 25% sobre determinados produtos americanos, em resposta às medidas contra o aço e o alumínio impostas por Washington. Até o momento, a Comissão Europeia não apresentou reação formal às tarifas recíprocas de 20% implementadas por Trump contra o bloco.

Autoridades europeias avaliam adotar novas medidas até o fim de abril. O comissário de Comércio, Maros Sefcovic, declarou que todas as alternativas estão sendo consideradas, inclusive o uso do Instrumento Anticoerção (ACI), que prevê restrições a investimentos e serviços oriundos dos EUA, afetando inclusive o setor de tecnologia.

O que esperar a seguir

O desfecho desse conflito ainda é incerto. Em 2018, as primeiras tarifas impostas por Trump resultaram em negociações e na assinatura do chamado acordo de Fase Um, que reduziu parcialmente as tensões. No entanto, o ambiente atual é de muito maior hostilidade e desconfiança mútua.

Alguns países, como o Japão, já sinalizaram interesse em negociar termos específicos com os EUA, o que poderia resultar em acordos bilaterais de livre comércio. Contudo, no caso da China, as perspectivas são mais sombrias. Ambos os governos parecem convencidos de que têm vantagem estratégica, e nenhuma das partes demonstra disposição para ceder terreno.

À medida que o embate avança, aumentam os riscos de rupturas em cadeias globais de suprimento, volatilidade nos mercados financeiros e desaceleração do crescimento mundial — num momento em que a economia global ainda se recupera de choques recentes. O que começou como uma disputa por tarifas pode estar se transformando numa batalha mais ampla por influência e supremacia tecnológica no século XXI.

Tags: ChinaDonald TrumpEconomiaEUAGusrra ComercialmundoTarifaço dos EUAXi jimping
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