Relatório será analisado em subcomissão nesta quarta-feira; proposta segue para a CCJ se houver aval inicial
O parecer sobre o encerramento da escala de trabalho 6 por 1 deve ser apreciado nesta quarta-feira (3) por uma subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o tema. Em caso de aprovação, o texto seguirá para discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Posição do Palácio do Planalto
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo pretende deixar clara sua posição ao Parlamento. Segundo ela, o Executivo defende o fim da escala 6 por 1 como forma de garantir melhores condições de vida aos trabalhadores.
“O governo quer reafirmar aos parlamentares que a nossa posição é pelo fim da escala 6 por 1. Entendemos que é preciso assegurar qualidade de vida aos trabalhadores”, declarou.
Qualidade de vida e tempo livre
Em conversa com jornalistas, a ministra destacou que a redução da jornada não é suficiente por si só. Para ela, é essencial garantir ao trabalhador tempo para lazer, cuidados pessoais e convivência familiar.
“Não adianta apenas reduzir a carga horária. É necessário que o trabalhador tenha tempo para resolver seus problemas, para o lazer e para cuidar da família”, afirmou.
Propostas em tramitação
Gleisi participou das declarações acompanhada do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da primeira Proposta de Emenda à Constituição sobre o tema na Casa (PEC 221/2019), e da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), responsável pelo Projeto de Lei 67/2025, que prevê a redução da jornada semanal de 44 para 40 horas.
Reação ao relatório da subcomissão
Boulos afirmou que o conteúdo apresentado no relatório inicial causou surpresa ao governo. Segundo ele, o Executivo manterá a defesa do fim da escala 6×1 sem redução salarial, tanto no Congresso quanto no debate público.
“Fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Vamos continuar defendendo o fim da escala 6 por 1, sem corte de salário, no Parlamento, na sociedade e nas ruas, dialogando com os parlamentares. É uma pauta que tem apoio de mais de 70% da população brasileira, segundo todas as pesquisas”, disse.
O tema segue como uma das principais agendas trabalhistas em discussão no Congresso Nacional.



