Estação começa nesta segunda-feira (22) com queda acentuada das temperaturas, risco de geada no Sul e friagem na Amazônia
A primavera tem início nesta segunda-feira (22/9), às 15h19, e se estende até 21 de dezembro, às 12h03. O período, considerado de transição entre a estação seca e a chuvosa no centro do país, será inaugurado por uma intensa frente fria, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O sistema avança sobre o Sul e o Sudeste, alcançando também áreas do Centro-Oeste e até do Norte, com potencial para provocar temporais. Em seguida, uma massa de ar frio e seco deverá derrubar as temperaturas, aumentando o risco de geadas no Sul e de friagem na região amazônica.
No Rio Grande do Sul, a queda será ainda mais expressiva, mas os reflexos se espalham para todo o Centro-Sul e podem atingir áreas do Norte brasileiro. A friagem, fenômeno típico da Amazônia, ocorre justamente quando massas de ar polar alcançam a região.
La niña ganha força
Além do avanço da frente fria, outro fator climático pode influenciar os próximos meses. Relatório da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) aponta que a probabilidade de formação do La Niña durante a primavera no Hemisfério Sul subiu para 56%.
O fenômeno corresponde ao resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, principalmente em sua porção central e oriental. Essa alteração provoca mudanças significativas na circulação atmosférica tropical, afetando ventos, pressão atmosférica e padrões de chuva.
Entenda o la niña
O La Niña é conhecido por intensificar períodos de seca em algumas regiões e aumentar a frequência de chuvas em outras. No Brasil, seus efeitos costumam ser sentidos de forma distinta:
- no Sul, tende a aumentar a ocorrência de temporais e enchentes;
- no Nordeste, pode agravar estiagens;
- no Norte e Centro-Oeste, há influência sobre o regime de chuvas e sobre a agricultura.