Tricolor dá show de entrega e garra, com gols de Martinelli e Hércules, e segue firme na busca pelo título mundial
O Fluminense, fundado em 1902 pelo inglês Oscar Cox, e campeão da Copa Rio de 1952 (título mundial não reconhecido pela FIFA), protagonizou uma virada histórica no dia 4 de julho, em Orlando. Contra o poderoso Al-Hilal da Arábia Saudita, o time carioca mostrou que a paixão e o espírito competitivo são mais valiosos que os recursos financeiros, ao vencer por 2 a 1 e garantir vaga na semifinal da Copa do Mundo de Clubes. A partida, marcada por muita emoção, teve como protagonistas os guerreiros Martinelli e Hércules, autores dos gols que garantiram a vitória. O goleiro Fábio brilhou novamente, segurando o placar até o último segundo.
Primeiro tempo impecável e reação árabe no segundo
No duelo entre duas equipes acostumadas ao calor de Orlando, o Fluminense iniciou a partida com uma postura firme e bem organizada, mostrando um futebol agressivo e de posse de bola. O técnico Renato Gaúcho optou por uma formação flexível, variando entre 5-3-2 e 3-5-2, com um sistema defensivo sólido, mas sempre pronto para atacar. A estratégia se mostrou eficaz e, aos 18 minutos, o Tricolor teve a primeira grande chance com Cano, que, após lançamento de Arias, finalizou por cima do gol.
O Al-Hilal, por sua vez, jogava com uma linha defensiva mais alta, pressionando o Fluminense com bolas longas e transições rápidas. No entanto, a defesa tricolor, liderada por Thiago Silva, se manteve firme, evitando grandes perigos. A primeira grande oportunidade do Fluminense veio aos 30 minutos, quando Martinelli, após recuperação de bola, acertou um belo chute de esquerda no ângulo de Bono, abrindo o placar para o Tricolor.
Pressão árabe e Fábio como herói
O segundo tempo começou com a pressão do Al-Hilal, que buscava o empate logo no início. A bola aérea foi a principal arma dos árabes, e aos 10 minutos, após cruzamento, Koulibaly marcou o gol de empate. Porém, a equipe brasileira não se abalou. Renato Gaúcho fez a primeira troca ao retirar Martinelli e colocar Hércules, e logo o Fluminense reagiu.
Cano, antes com a chance de matar o jogo, desperdiçou uma grande oportunidade, quando tentou driblar Bono, mas o goleiro árabe conseguiu impedir. A pressão do Al-Hilal aumentava com o passar do tempo, mas foi o Fluminense quem marcou novamente. Após boa recuperação de bola no meio-campo, Hércules finalizou para o fundo das redes, colocando o Fluminense novamente na frente, para delírio da torcida.
Últimos minutos de sufoco e classificação histórica
Nos minutos finais, o Al-Hilal tentou pressionar de todas as formas, mas Fábio fez defesas importantes, segurando o resultado até o apito final. O técnico Renato Gaúcho fez alterações para renovar o fôlego da equipe, colocando Everaldo e Lima, enquanto Guga substituía Samuel Xavier. O time se entregou de corpo e alma, jogando com a intensidade necessária para segurar a vantagem e conquistar a classificação.
Com a vitória, o Fluminense segue firme na luta pelo título da Copa do Mundo de Clubes, aguardando agora o vencedor do duelo entre Palmeiras e Chelsea. A classificação histórica foi conquistada com muita garra e determinação, em um jogo que ficará marcado na história do clube.
Análise tática: força defensiva e velocidade nos contra-ataques
O Fluminense, com sua defesa bem postada e a constante pressão nos contra-ataques, fez um jogo muito equilibrado. As trocas de passes rápidas e a movimentação de seus jogadores ofensivos, como Arias e Cano, foram fundamentais para neutralizar a defesa adversária. No entanto, a equipe precisou lidar com os momentos de pressão do Al-Hilal, que teve mais posse de bola e arriscou nas bolas aéreas. A postura aguerrida e a reação rápida após o empate árabe foram cruciais para garantir a vitória.
Em um jogo em que cada jogador deu o máximo de si, o Fluminense superou não só a qualidade do adversário, mas também as adversidades do próprio jogo. Agora, com a confiança em alta, o Tricolor segue em busca de um título que entrará para a história do futebol mundial.