Iniciativa criada pela psicoterapeuta Anna Mathur propõe sinalização discreta para mães que desejam oferecer ou receber ajuda
Um gesto simples, mas carregado de significado, tem ganhado espaço nas ruas e redes sociais: mulheres amarrando fitas nas bolsas. Longe de ser apenas um acessório estético, o laço representa uma iniciativa de apoio mútuo entre mães, promovendo empatia e conexão em meio à rotina exaustiva da maternidade.
A proposta surgiu da experiência pessoal de Anna Mathur, psicoterapeuta britânica e mãe de três filhos. Enfrentando o desgaste físico e emocional de conciliar trabalho e cuidados com os filhos, Anna compartilhou nas redes sociais um “ato de desespero”, como ela mesma descreveu, que acabou se transformando em um movimento global. “A árdua tarefa de criar três filhos e trabalhar fora” motivou a criação de um sinal silencioso de acolhimento.
A fita amarrada na bolsa funciona como um código visual: quem a utiliza demonstra estar aberta a oferecer ajuda a outras mães ou, por outro lado, sinaliza que está passando por um momento difícil e pode precisar de apoio. É uma forma de romper o isolamento e criar pontes de solidariedade entre mulheres que compartilham os desafios da maternidade.
A iniciativa ganhou força justamente em um contexto onde pouco se fala sobre o “esgotamento emocional e físico dos pais”. A ausência de suporte institucional e comunitário impulsionou a necessidade de um gesto simbólico que promovesse reconhecimento e empatia.
Nas redes sociais, o movimento se espalhou rapidamente. A hashtag da fitinha coleciona relatos emocionantes de encontros espontâneos e conexões inesperadas. Muitas mulheres relatam que o laço serviu como convite à conversa, ao acolhimento e até mesmo a gestos práticos de ajuda, como oferecer uma fralda ou um abraço. A fita tornou-se, como descrevem algumas participantes, uma “rede silenciosa de apoio mútuo”.
(Com Diário do Litoral)