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Casa Saúde

Febre oropouche se espalha pelo Brasil e preocupa autoridades de saúde

João by João
27 de julho de 2025
in Saúde
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Febre oropouche se espalha pelo Brasil e preocupa autoridades de saúde

© Conselho Federal de Farmácia/Divulgação

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Doença antes restrita à Amazônia alcança 18 estados e o Distrito Federal

A febre oropouche, até 2023 restrita principalmente à Região Amazônica, vem avançando por diversas partes do país e já é considerada uma preocupação nacional. Em 2025, o Espírito Santo, a cerca de 3 mil km da Amazônia, tornou-se o estado com maior número de casos, registrando 6.318 infecções confirmadas.

No total, já foram notificados 11.805 casos em 18 estados e no Distrito Federal, com cinco mortes — quatro no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo — e outras duas em investigação. A expectativa é que o número de infectados em 2025 ultrapasse os 13.856 casos registrados em 2024. O número de óbitos já supera o do ano anterior, quando houve quatro mortes, sendo duas na Bahia, uma no Espírito Santo e uma em Santa Catarina.

Sintomas e transmissão

A febre oropouche é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, presente em todo o território nacional. A doença provoca sintomas semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, incluindo febre, dores de cabeça, musculares e articulares.

Em gestantes, a infecção pode gerar complicações graves, como microcefalia, malformações e até óbito fetal, de forma semelhante ao vírus zika. O Ministério da Saúde orienta gestantes que vivem em áreas com registros da doença a reforçarem as medidas de proteção contra mosquitos. Apesar de não haver comprovação de transmissão sexual do vírus, recomenda-se o uso de preservativo durante o período sintomático

Origem e nova linhagem do vírus

Segundo Felipe Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus e Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz, o avanço da doença no Brasil está associado a uma nova linhagem do vírus, identificada inicialmente no Amazonas.

“E nós também conseguimos mostrar que esse cenário está muito relacionado com algumas áreas de desmatamento recente, principalmente no sul do Amazonas e no norte de Rondônia, que serviram como pontos cruciais para dispersão desse vírus. Aí pessoas infectadas acabaram levando para fora da Região, porque depois que ela é infectada pelo vírus, leva um tempo até manifestar os sintomas”, afirmou Naveca

Fatores ambientais e clima

O maruim está presente em todas as regiões, mas se reproduz com maior facilidade em ambientes úmidos e com matéria orgânica em decomposição, comuns em áreas rurais e plantações — sobretudo nas lavouras de banana. Surtos têm sido registrados em zonas periurbanas, onde há contato entre áreas florestais e áreas urbanizadas.

De acordo com Naveca, mudanças ambientais e eventos climáticos extremos contribuem para a proliferação da doença. “Todas as vezes que você tem eventos mais extremos, seja de seca ou cheia dos rios, isso afeta a população não só do vetor, mas também dos animais que o mosquito se alimenta. Então, isso modifica todo esse ecossistema. Os nossos dados mostram que a população do vírus aumentava justamente nos períodos de chuva na Região Amazônica”, explicou.

Um estudo internacional recente apontou que variáveis climáticas, como alterações na temperatura e no regime de chuvas, influenciam em 60% a disseminação da oropouche. Eventos como o El Niño são considerados determinantes para o surto iniciado em 2023

Ações do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde intensificou o monitoramento da febre oropouche, promovendo reuniões técnicas e visitas a estados para orientar as secretarias locais.

“Em parceria com a Fiocruz e a Embrapa, a pasta realiza estudos sobre o uso de inseticidas para o controle do vetor, com resultados preliminares promissores. As evidências apoiam a definição de estratégias de enfrentamento da doença, especialmente durante surtos, e a redução de seu impacto na população. A prevenção inclui o uso de roupas compridas, sapatos fechados, telas de malha fina nas janelas e eliminação de matéria orgânica acumulada”, declarou o Ministério em nota.

Espírito Santo concentra maior número de casos

Com pouco mais de 4 milhões de habitantes, o Espírito Santo se tornou o epicentro da doença em 2024 e 2025. Segundo o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, grande parte dos 78 municípios do estado apresenta características periurbanas, com áreas de plantio propícias à proliferação do maruim.

“Nós identificamos também que os primeiros casos ocorreram na época da colheita do café, que é um período que circulam muitas pessoas que vêm de outros estados para trabalhar nas lavouras. Isso acaba sendo um momento favorável para a transmissão, ainda porque os trabalhadores passam uma semana em uma cidade, depois seguem para outra…”, explicou Cardoso.

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo tem reforçado o treinamento de profissionais para identificação da doença.
“Como era uma doença desconhecida, eles começaram a entender agora o que está acontecendo, para saber identificar e agir diante de um caso de Oropouche. Então nós estamos fazendo a qualificação das equipes municipais, para fazer o reconhecimento clínico, principalmente diferenciar a oropouche da dengue e das outras arboviroses e estamos treinando também os agentes comunitários de saúde”, complementou o subsecretário.

Casos no Nordeste e risco para gestantes

No Nordeste, o Ceará desponta com 674 casos confirmados em 2025. O secretário executivo de Vigilância em Saúde do estado, Antonio Lima Neto, afirma que a doença começou em áreas de plantio de banana, cacau e mandioca, mas já chegou a cidades maiores.

“No primeiro ano, nós tivemos 255 casos, que se concentraram em distritos rurais, com pequenos povoados, todos localizados na região Serrana do Ceará, conhecida como Maciço de Baturité. Em 2025, quando a doença retornou, ocorreu algo diferente que foi uma transição da doença para a principal cidade da região, que é Baturité. Onde, ao invés de você ter 500 moradores, você tem 20.000 pessoas”, disse Lima Neto.

O estado tem reforçado as ações de vigilância laboratorial para diagnóstico preciso, especialmente em gestantes, após o registro de morte fetal relacionada à doença.

“O controle vetorial de um mosquito domiciliado, ele tem um fundamento central, que é a eliminação de criadores, como no caso do Aedes aegypti. Você eliminar os locais onde ele se reproduz, você renovar a água, cuidar do lixo doméstico… Com o mosquito-pólvora, você teria que fazer uma barreira química entre as plantações e as áreas onde as pessoas vivem. O Ministério da Saúde tem realizados testes em busca de produtos eficientes, mas não é algo trivial”, concluiu Lima Neto.

Tags: AmazôniaFebre OropoucheRegião Nortezika virus
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