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Casa Mundo

EUA: “Não temos mais paz”: políticas de Trump esvaziam cidade dominada por brasileiros

Administrador by Administrador
21 de abril de 2025
in Mundo
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EUA: “Não temos mais paz”: políticas de Trump esvaziam cidade dominada por brasileiros

Em Washington, manifestantes prestam apoio à prefeita Michelle Wu, ouvida em audiência sobre políticas migratórias no Comitê de Supervisão da Câmara — Joseph Prezioso/AFP

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Política migratória de Trump causa retração econômica em reduto brasileiro; prefeitura promete apoio ao setor

m Framingham, município da região metropolitana de Boston, a presença brasileira se faz notar a cada esquina. Estabelecimentos comerciais oferecem churrasco, coxinha e pão francês fresco, enquanto expressões em português, muitas vezes com acento mineiro, ecoam pelas ruas. Com cerca de 72 mil habitantes, a cidade abriga oficialmente 8 mil brasileiros, mas estimativas locais apontam que esse número pode ultrapassar 25 mil.

Desde o início do ano, no entanto, o cenário tem mudado. O endurecimento das políticas migratórias sob o governo de Donald Trump tem provocado uma transformação no cotidiano de Framingham, especialmente entre comerciantes brasileiros. A retração do fluxo de clientes e a queda nas vendas são atribuídas ao medo generalizado entre imigrantes indocumentados, que têm evitado sair às ruas.

“Muitas famílias chegaram aqui no começo do ano dizendo que não queriam arriscar serem presas e, por isso, decidiram voltar”, afirma Áquila Menezes, 37, que gerencia uma agência de turismo na cidade. Segundo ela, as vendas de passagens só de ida para o Brasil cresceram cerca de 80% nos últimos meses. “Vendemos muita passagem para gente com tornozeleira, por exemplo”, diz, referindo-se a pessoas que aguardam processos de deportação.

Trump tem defendido abertamente a chamada “autodeportação” e anunciou que pretende lançar um programa para custear o retorno voluntário de imigrantes. Embora ainda não formalizado, o movimento já é observado na prática em cidades como Framingham.

Comerciantes relatam impacto direto. Vanda Alves, 67, proprietária de um salão de beleza na cidade há 27 anos, afirma que o fluxo de clientes caiu drasticamente. “Diminuiu demais o movimento, cerca de 80%. Ali no supermercado, você chegava e ficava trinta, quarenta minutos. Hoje, é atendido na hora. O pessoal está com medo de sair”, relata. Ela diz ter atendido clientes no fundo do salão para evitar que fossem vistos da rua. “Ontem pegaram uma mulher aqui na esquina”, comenta, referindo-se a uma abordagem da imigração.

A cozinheira Enivanda Fernandes, 65, que há 25 anos trabalha num restaurante self-service brasileiro, relata episódios de intimidação. “Mais de uma vez, agentes da imigração se sentaram numa das mesas e passaram o dia ali. Assustam os clientes só com a presença”, diz.

Diante da crise, a prefeitura local passou a realizar encontros semanais com comerciantes e elaborou cartilhas com orientações legais para os imigrantes. “O que me chama atenção é o pânico e o clima de ódio. Tem reuniões semanais da prefeitura para acalmar os empresários”, afirma Áquila.

Apesar de Massachusetts ser considerado um estado com políticas pró-imigrantes, e Boston ser reconhecida como cidade santuário, a retórica de Trump e seus aliados tem provocado efeitos práticos sobre comunidades estrangeiras, mesmo em regiões tradicionalmente acolhedoras.

Framingham é apontada por estudos como o principal reduto brasileiro em Massachusetts — o segundo estado com maior número de brasileiros nos Estados Unidos, atrás apenas da Flórida. Segundo a Pesquisa da Comunidade Americana (ACS 2022), cerca de 139 mil brasileiros vivem no estado, sendo 80,4% nascidos no Brasil. No entanto, estimativas do Itamaraty elevam esse número para mais de 348 mil, dos quais quase metade tem cidadania americana. Os demais estão em situação irregular ou aguardam a regularização.

Áquila, que está nos Estados Unidos há 18 anos, se inclui nessa última categoria. Sem documentos, afirma pagar todos os impostos — prática comum entre imigrantes em condição irregular.

A forte presença brasileira em Massachusetts tem raízes históricas. Três grandes ondas migratórias ocorreram desde a década de 1970, sendo que muitos vieram de Governador Valadares (MG), cidade natal de Áquila. A conexão remonta à Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil se tornou fornecedor de mica — minério extraído na cidade e utilizado pela indústria bélica americana.

Um estudo publicado pela Boston Foundation mostra que, em 2022, imigrantes brasileiros contribuíram com cerca de US$ 8 bilhões para o Produto Interno Bruto estadual e geraram quase 30 mil empregos. “As atividades comerciais dos brasileiros, em particular aqueles que se estabelecem em áreas urbanas em declínio, têm sido fundamentais para revitalizar essas regiões e torná-las lugares mais atrativos para viver, trabalhar e se divertir”, diz o relatório, que cita Framingham como exemplo.

Apesar da ausência de dados precisos sobre detenções e deportações recentes, empresários e trabalhadores afirmam que o medo é generalizado — e com efeitos concretos. “As notícias de deportações envolvem, em geral, pessoas com antecedentes criminais”, diz Áquila. “Mas o discurso de Trump espalha pânico, e isso muda tudo aqui.”

( Com Folha de S.Paulo)

Tags: BostonDonald TrumpEUAFraminghamImigraçãoMassachusettsmundo
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