País enfrenta epidemia de febre hemorrágica altamente contagiosa; OMS monitora nove casos confirmados e reforça ações para evitar disseminação
Alerta internacional para doença da mesma família do ebola
Autoridades da Etiópia confirmaram o surgimento de uma epidemia do vírus de Marburgo no sul do país, segundo comunicado divulgado pela agência de saúde da União Africana (Africa CDC) neste sábado (15). O vírus, responsável por uma febre hemorrágica de alta letalidade, é transmitido por espécies específicas de morcegos frugívoros e pertence à mesma família do ebola.
A taxa de mortalidade da doença pode chegar a 90%, o que reforça o estado de alerta entre as organizações internacionais de saúde.
Mortes confirmadas e casos sob investigação
O Ministério da Saúde etíope informou nesta segunda-feira (17) que três pessoas diagnosticadas com o vírus morreram. Outras três mortes estão sob investigação e podem ter relação com o surto. Até o momento, ao menos nove casos de infecção foram contabilizados no sul do país.
Na última sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou os registros e ressaltou a gravidade da situação.
Ação conjunta para conter a disseminação
Segundo Tedros, a OMS “apoia ativamente a Etiópia em seus esforços para conter a epidemia e tratar as pessoas infectadas, e apoia todas as iniciativas destinadas a prevenir uma possível propagação transfronteiriça”, afirmou em publicação na plataforma X.
As autoridades de saúde da região trabalham para rastrear contatos, isolar pacientes, orientar comunidades e estabelecer medidas de controle, especialmente em áreas próximas às fronteiras.
Sem vacina ou antiviral específico
Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para combater o vírus de Marburgo. Os cuidados disponíveis se concentram no suporte clínico, como reidratação oral ou intravenosa, além do tratamento de sintomas específicos — medidas que podem aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
O surto segue em monitoramento internacional, com esforços para impedir que a doença se espalhe para outros países do continente.



