“Essa é uma determinação do governador Ronaldo Caiado: formar nossos jovens para empreender e inovar no mercado de trabalho, num contexto de baixos salários no mercado tradicional, entendendo que a tecnologia tem potencial para tirar as pessoas da pobreza”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto.
As Escolas do Futuro de Goiás (EFGs), presentes em cinco municípios do estado, vêm se consolidando como centros de formação técnica e profissional voltados à inovação e ao empreendedorismo.
Com cursos gratuitos e infraestrutura tecnológica de ponta, as unidades estaduais incentivam não apenas a inserção dos estudantes no mercado de trabalho, mas também a criação de negócios próprios, especialmente nas áreas de sustentabilidade e energia limpa.
Um dos destaques é Cláudia Vitória do Nascimento Pimentel, aluna do 3º ano do ensino médio na unidade de Mineiros, que participa do programa Inove Mais. A jovem desenvolve um projeto de turbina eólica para rodovias, com o objetivo de aproveitar a movimentação dos veículos para gerar energia elétrica. “Conforme os carros passam, eles produzem energia elétrica para iluminar postes, radares e sinais de trânsito”, explica Cláudia, que integra o Setor de Tecnologia, Ambientes de Inovação e Desenvolvimento de Negócios (STAI) da escola.
Outro exemplo é o projeto da estudante Gabriele Monteiro Magalhães, do 2º ano, voltado à arborização urbana. Sua proposta, também em desenvolvimento no STAI, visa criar uma plataforma que conecte produtores de mudas de árvores nativas do Cerrado a prefeituras. “Minha ideia é criar uma plataforma que facilite o contato entre produtores de mudas de árvores nativas do Cerrado e prefeituras, visando um planejamento urbano com arborização para criar um ambiente com menos calor nas cidades”, diz.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto, ressalta que o objetivo das EFGs é estimular o empreendedorismo como alternativa profissional. “Essa é uma determinação do governador Ronaldo Caiado: formar nossos jovens para empreender e inovar no mercado de trabalho, num contexto de baixos salários no mercado tradicional, entendendo que a tecnologia tem potencial para tirar as pessoas da pobreza”, afirmou.
Segundo Alexsandro Albuquerque, coordenador do STAI na EFG em Mineiros, é fundamental promover o empreendedorismo inovador para preparar os estudantes para os desafios da indústria. “Buscamos estimular a criatividade dos alunos e conectar suas ideias ao setor produtivo, proporcionando experiências reais e preparação para o mercado”, destaca.
Formação técnica com foco no mercado
As EFGs oferecem cursos em diferentes modalidades de Educação Profissional e Tecnológica, com opções de curta, média e longa duração. As áreas contempladas incluem Tecnologia, Comunicação e Gestão e Negócios.
Para apoiar os estudantes na execução de seus projetos, as unidades contam com o Inove Lab, um laboratório equipado com ferramentas como impressoras 3D, cortadoras a laser e máquinas de usinagem, permitindo o desenvolvimento de protótipos. O ambiente também oferece minicursos voltados ao uso desses equipamentos, abertos a estudantes e empreendedores da comunidade.
Já o STAI tem atuação multi-institucional e atende tanto ao setor produtivo quanto ao meio acadêmico. Suas ações envolvem desde a prestação de serviços tecnológicos até o suporte a pesquisas aplicadas em consonância com as matrizes curriculares dos cursos das EFGs.
Outro pilar importante do ecossistema é a pré-incubadora de empresas, que auxilia na validação de ideias, elaboração de produtos mínimos viáveis (MVPs) e estruturação de modelos de negócio. O espaço oferece mentoria a estudantes e empreendedores que ainda não formalizaram suas empresas, ampliando as possibilidades de inserção no mercado com base em soluções inovadoras.