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Casa Mundo

Escândalo criptomoedas e Javier Milei: três aspectos cruciais para entender o caso

Administrador by Administrador
17 de fevereiro de 2025
in Mundo
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Javier Milei Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

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Na noite da última sexta-feira (14), às 19h01, o presidente da Argentina, Javier Milei, utilizou sua conta na rede social X para promover o lançamento da criptomoeda $LIBRA.

“A Argentina liberal está crescendo!!! Este projeto privado será dedicado a incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e empreendimentos argentinos. O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA“, escreveu o economista, que é um defensor da “tokenização” da economia.

A publicação incluía um link para o chamado “Projeto Viva la Libertad”, uma referência direta ao bordão utilizado por Milei em seus discursos: “Viva La Libertad, Carajo” (VLLC).

O apoio público do presidente teve impacto imediato no mercado: a nova criptomoeda viu sua capitalização disparar, ultrapassando US$ 4 bilhões, impulsionada pela compra de aproximadamente 40 mil investidores. No entanto, poucas horas depois, o cenário mudou drasticamente. Um pequeno grupo de carteiras digitais retirou quase US$ 90 milhões, provocando um colapso no valor do ativo. Após a meia-noite, Milei apagou a postagem original e publicou um novo comunicado:

“Há algumas horas publiquei um tweet apoiando um suposto empreendimento privado com o qual obviamente não tenho ligação. Não conhecia os detalhes do projeto e, após me inteirar, decidi não continuar divulgando (por isso apaguei o tweet)”, escreveu.

Apesar da tentativa de distanciamento, a repercussão foi imediata e o caso rapidamente evoluiu para um escândalo político de grandes proporções. O impacto só se tornou totalmente visível na segunda-feira, com a reabertura dos mercados financeiros.

A seguir, três pontos essenciais para compreender a crise:


1. Quem está envolvido e quais são suas conexões com Milei

Entre os principais responsáveis pelo lançamento da $LIBRA está Hayden Mark Davis, empresário norte-americano da Kelsen Ventures.

No domingo (16), Davis divulgou um comunicado em que se apresentou como assessor de Milei, afirmando que trabalha junto ao presidente e sua equipe em projetos voltados à tokenização de ativos na Argentina. O empresário já havia se reunido com Milei no final de janeiro, encontro que foi divulgado pelo próprio presidente como parte de um esforço para “acelerar o desenvolvimento tecnológico argentino”.

Outro nome ligado ao caso é Julian Peh, empresário de Singapura e fundador da KIP Network, apontado como o principal patrocinador da criptomoeda. Peh, que se reuniu com Milei em outubro do ano passado, responsabilizou a Kelsen Ventures pelo fracasso do projeto.

Diante da crise, Davis afirmou que o lançamento “não saiu como planejado”, mas negou que tenha se tratado de um “rug pull”, termo usado para definir golpes em que os criadores de um criptoativo abandonam o projeto e fogem com os fundos dos investidores. Ele garantiu que pretende reinvestir US$ 100 milhões para restaurar a liquidez do ativo e instou as plataformas que negociaram a criptomoeda a fazerem o mesmo.

Davis ainda atribuiu o colapso da $LIBRA à retirada do apoio de Milei, afirmando que seus sócios haviam garantido que o presidente continuaria respaldando o projeto. Esses sócios seriam Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy, empresários que já trabalharam com Milei antes de sua entrada na política.


2. Impacto político e possíveis consequências jurídicas

A repercussão do escândalo rapidamente extrapolou o universo das criptomoedas e chegou ao meio político. Oposição e entidades civis entraram com ações na Justiça contra Milei, acusando-o de participação em um esquema fraudulento de grandes proporções.

A denúncia criminal foi encaminhada à juíza federal María Romilda Servini, que agora conduz o caso. Segundo a acusação, Milei teria liderado uma “associação ilícita” que causou prejuízo a mais de 40 mil investidores, totalizando perdas superiores a US$ 4 bilhões.

Servini, que tem 88 anos, comanda um dos tribunais mais influentes do país, com competência tanto na área penal quanto eleitoral. O processo em curso incluirá investigações sobre crimes como fraude financeira, abuso de poder e violação da Lei de Ética Pública.

No Congresso, a coalizão Unión por la Patria y el Socialismo, formada por peronistas e kirchneristas, anunciou que apresentará um pedido de impeachment contra Milei. Para avançar, a medida precisa ser aprovada por dois terços da Câmara dos Deputados. Outros grupos da oposição articulam a criação de uma comissão parlamentar de inquérito, que depende de maioria simples para ser instalada.

“O presidente foi um participante necessário de uma fraude milionária”, afirmou Itai Hagman, deputado da oposição, à rádio AM750. Ele defendeu uma apuração rigorosa para identificar os beneficiários dos recursos e investigar se há relação com o financiamento da campanha do partido de Milei, A Liberdade Avança.

Diante da crise, o governo negou oficialmente qualquer vínculo com a $LIBRA e anunciou duas medidas em resposta:

  • Abertura de uma investigação interna pelo Gabinete Anticorrupção (OA) para apurar eventuais condutas irregulares de membros do governo, incluindo o próprio presidente.
  • Criação de uma Unidade de Investigação sob a supervisão da Presidência da Nação, liderada por Karina Milei, irmã e principal aliada política do presidente. O grupo contará com especialistas em criptomoedas, regulação financeira e combate à lavagem de dinheiro.

3. As conexões de Milei com o mercado cripto

O envolvimento de Milei com o universo das criptomoedas não é recente. Como entusiasta da desregulamentação financeira, ele já promoveu ativos digitais em outras ocasiões, sempre defendendo a ideia de que representam um caminho para driblar a inflação e expandir a liberdade econômica.

A Argentina não é o único país cujo governo flerta com o mercado cripto. Em 2021, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a reconhecer o bitcoin como moeda legal, decisão impulsionada pelo presidente Nayib Bukele, frequentemente comparado a Milei. No entanto, o país reverteu a medida em janeiro de 2024, após negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu a redução dos riscos associados ao criptoativo.

Outro líder global com laços estreitos com criptomoedas é Donald Trump, que recentemente lançou sua própria moeda digital, $TRUMP, em janeiro deste ano. Assim como aconteceu com a $LIBRA, o ativo teve uma valorização inicial seguida por um colapso no mercado.

Foto da criptomoeda de Trump

Donald Trump lançar sua própria moeda meme, $TRUMP, três dias antes de assumir a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez – Crédito,Getty Images

Na Argentina, Milei já promoveu pelo menos dois ativos digitais no passado. Em 2022, elogiou o $VULC, token da empresa de videogames Vulcano, fundada por Mauricio Novelli, atualmente envolvido no caso $LIBRA. Após seu endosso, o ativo perdeu todo o valor em poucas semanas.

No mesmo ano, ele também apoiou publicamente a plataforma CoinX, posteriormente investigada por suspeita de ser um esquema de pirâmide financeira. Questionado sobre sua responsabilidade diante dos investidores lesados, Milei se defendeu afirmando que sua recomendação era apenas uma “opinião” e que “nesse tipo de negócio, o lucro nunca é garantido”.

( Com BBC News Mundo )

Tags: $LIBRAArgentinaCritomoedasJavier MileimundoTrump
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