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Casa Economia

Endividamento das famílias brasileiras atinge recorde apesar de renda em alta e desemprego baixo

Jeverson by Jeverson
21 de setembro de 2025
in Economia
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Endividamento das famílias brasileiras atinge recorde apesar de renda em alta e desemprego baixo

Foto: Reprodução

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Inflação em desaceleração e mercado de trabalho aquecido contrastam com inadimplência no maior nível em mais de dez anos, pressionada pelos juros elevados

Juros altos encarecem o crédito e limitam consumo

Mesmo com o desemprego em patamares historicamente baixos, renda recorde e sinais de alívio na inflação, o endividamento das famílias brasileiras alcança níveis sem precedentes. A taxa básica de juros (Selic), mantida pelo Banco Central em 15% ao ano desde julho, tem encarecido o crédito e comprometido orçamentos já fragilizados. Economistas alertam que esse cenário deve reduzir o consumo no fim do ano e intensificar a desaceleração econômica.

Inadimplência atinge maior patamar desde 2013

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 30,4% das famílias relataram dívidas em atraso em agosto, o maior índice desde o início da pesquisa, em 2010. A expectativa é que o percentual chegue a 30,9% em dezembro, período de maior volume de compras. Dados do Banco Central mostram que a inadimplência no crédito livre das pessoas físicas atingiu 6,5% — nível mais alto desde 2013.

Para a Tendências Consultoria, esse patamar deve permanecer até, pelo menos, maio de 2026. O economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, estima que quase 80% das famílias estarão endividadas até o fim do ano.

Famílias ajustam gastos e mudam rotina

O impacto dos juros altos já é sentido nas casas brasileiras. Adriana Oliveira, de 37 anos, autônoma, viu metade da renda da família ser consumida pela prestação de R$ 2 mil do financiamento de um apartamento na Zona Oeste do Rio. Para equilibrar o orçamento, a família se mudou para Xerém, reduziu cartões de crédito e cortou gastos com lazer e educação.

“Antes, a dívida do cartão consumia até 50% da nossa renda. Agora reduziu para cerca de 25%. Compramos apenas o necessário”, relata Adriana.

Comprometimento da renda cresce

De acordo com o Banco Central, 27,6% da renda das famílias brasileiras está comprometida com dívidas — nível semelhante a 2023, após o ciclo de alta dos juros, mas acima de períodos anteriores, como 2017. Para Bentes, a combinação de juros elevados, baixa renda média e pouca educação financeira cria um ambiente de risco.

“Com crédito fácil e pouca avaliação das condições, muitas famílias acabam presas ao endividamento”, explica o economista.

Realidade de inadimplentes: dívidas acumuladas e CPF negativado

A situação de Jaqueline Valle, vendedora de 34 anos, ilustra o problema. Viúva desde a pandemia, ela sustenta sozinha dois filhos e vive recorrendo a cartões de crédito emprestados de familiares. “Se não for parcelado, não tenho nada. Sempre aparece outra necessidade”, diz.

Pesquisa da Serasa confirma o cenário: o Brasil tinha 68,2 milhões de inadimplentes em julho, maior número desde o início da série em 2016. Cada CPF possui, em média, quatro dívidas negativadas, totalizando R$ 6.177 por consumidor.

Inclusão financeira amplia risco de inadimplência

A diretora de Macroeconomia da Tendências, Alessandra Ribeiro, aponta que a rápida expansão das contas digitais também contribuiu para o aumento das dívidas. Entre 2018 e 2025, o número de clientes pessoa física dobrou, passando de 77,2 milhões para 163 milhões, segundo dados do Banco Central.

“Com juros altos, consumidores menos acostumados com crédito têm mais dificuldades para lidar com esse ciclo”, observa Alessandra.

Consumo em desaceleração e impacto no PIB

O aperto no orçamento já aparece nos indicadores econômicos. O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre mostrou sinais de enfraquecimento e as vendas do varejo recuaram por quatro meses consecutivos até julho, algo não visto desde a crise do apagão, em 2001, e a recessão de 2014-2016.

No setor automotivo, os emplacamentos cresceram apenas 2,9% até agosto, após alta de 13,2% em 2024. Para o consultor Rodnei Bernardini, há uma “ressaca” após a expansão do crédito para veículos no ano passado.

Risco de desaceleração mais intensa

Com inadimplência elevada, crédito restrito e confiança do consumidor em queda, especialistas preveem um fim de ano de consumo contido. Anna Carolina Gouveia, do FGV Ibre, aponta que o excesso de dívidas tem derrubado o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), especialmente no componente que mede a “situação financeira futura”.

“O cenário indica uma piora significativa na percepção das famílias desde o início do ano”, afirma Anna Carolina.

Tags: consumoCrédito facilitadoEconomiainadimplênciaTaxa de Juros
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