Caminhão-tanque derramou 20 mil litros de combustível; município segue monitorando impactos ambientais
A Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Senador Canedo aplicou multa de R$ 1 milhão à empresa responsável por um grave vazamento de óleo diesel ocorrido em 6 de maio, após o tombamento de uma carreta carregada com 30 mil litros de combustível. O acidente ocorreu na Rua Jorge Amador, entre os bairros Morada do Sol e Residencial Hebrom, e resultou no derramamento de aproximadamente 20 mil litros no solo e em um córrego da região.
O combustível escoou por cerca de cinco quilômetros ao longo do curso d’água, gerando uma resposta imediata por parte da Prefeitura. Equipes de diferentes secretarias atuaram para conter o avanço do poluente. A Secretaria de Infraestrutura construiu uma barreira de contenção com o uso de máquinas. O caminhão foi destombado, e a área isolada pela Superintendência de Trânsito, com apoio da Guarda Civil Municipal. A Defesa Civil coordenou a operação de emergência, com suporte da AMMA e seus fiscais ambientais.
A empresa foi notificada pela autarquia ambiental e obrigada a adotar medidas emergenciais. Contratou, então, uma firma especializada para conter e iniciar a limpeza da área afetada. No entanto, inspeções realizadas entre os dias 7 e 10 de maio detectaram resquícios de óleo nas margens do córrego, em pedras, raízes, vegetação e poças de água.
Diante da persistência dos impactos, além da penalidade financeira, a empresa foi obrigada a apresentar um plano completo de recuperação ambiental. Também deverá manter o monitoramento contínuo da área até que seja comprovada a recuperação total do ecossistema atingido.
Captação suspensa
Como medida preventiva, a captação de água na represa localizada na região do Jardim das Oliveiras foi temporariamente suspensa. De acordo com a Prefeitura, a interrupção não compromete o abastecimento da cidade, já que o ponto representa apenas 5% da capacidade total do sistema, que dispõe de fontes alternativas asseguradas por investimentos recentes.
A expectativa é que, no prazo de até 90 dias, a captação possa ser retomada, desde que análises técnicas confirmem que a água voltou a apresentar condições seguras de qualidade.