Representação diplomática norte-americana manifestou preocupação com a pena de 27 anos e 3 meses de prisão, chamando-a de “perseguição e censura”.
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil se pronunciou nesta sexta-feira (12) sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão, imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma publicação em rede social, a representação diplomática alinhada ao ex-presidente americano Donald Trump descreveu a decisão como “mais um capítulo do complexo de perseguição e censura”, alegando que o ministro Alexandre de Moraes seria “um violador de direitos humanos”.
“Ontem, quatro dos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal do Brasil condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Essa decisão é mais um capítulo do complexo de perseguição e censura do ministro Moraes, um violador de direitos humanos sancionado, que tem Bolsonaro e seus apoiadores como alvo. Encaramos esse sombrio desdobramento com a máxima seriedade”, diz o post.
Após a decisão do STF na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil reagiu a críticas feitas pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, que também se manifestou em uma rede social. Em seu post, Rubio disse que os EUA “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.
“As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, sancionado, continuam, já que ele e outros membros do STF decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, afirmou o americano.
Em resposta, o Itamaraty defendeu que o julgamento foi conduzido “com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988” e que “as instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo”. O ministério brasileiro também afirmou que não se deixará intimidar por “ameaças” e que seguirá a defender “a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem”.