Deputado licenciado nega irregularidades e acusa Lindbergh Farias de distorcer informações
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta segunda-feira (2) que todas as ações realizadas durante suas viagens aos Estados Unidos foram “legais e públicas”. A manifestação ocorreu por meio de sua conta na rede social X (antigo Twitter), em resposta a apurações no âmbito de inquéritos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo rebateu diretamente o ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações sobre articulações antidemocráticas. Segundo o parlamentar, caso o magistrado deseje informações adicionais sobre sua atuação em solo americano, deverá encaminhar um pedido oficial às autoridades dos Estados Unidos.
Resposta a depoimento de Lindbergh Farias
As declarações de Eduardo Bolsonaro foram feitas após o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) prestar depoimento à Polícia Federal, no qual relatou supostas articulações do parlamentar em território norte-americano. Eduardo, por sua vez, desqualificou as acusações e afirmou que todas as suas atividades estão documentadas publicamente. “Está tudo na minha rede social, pois não faço nada de ilegal”, escreveu.
Ironizando o parlamentar petista, Eduardo questionou se encontros com autoridades americanas configurariam algum tipo de crime. “Visitar deputado americano é crime? Perguntar a um secretário de Estado numa audiência da Câmara é ilegal? Ir ao MRE dos EUA (State Department) é um delito?”, publicou.
Críticas a “distorções” e menção ao deputado Cory Mills
Eduardo Bolsonaro também rejeitou uma das alegações atribuídas a Lindbergh, segundo a qual teria mantido encontros frequentes com o congressista republicano Cory Mills. “Diversas falas mentirosas do líder do PT, como a que eu me encontrei diversas vezes com o deputado Cory Mills. Por isso Lindbergh corre de debater comigo”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, há uma tentativa de criminalização de suas ações internacionais com base em informações públicas, mas distorcidas. Ele reiterou que permanece nos Estados Unidos, na cidade de Dallas, e que está à disposição das autoridades locais, “caso seja acionado por instrumentos legais”.
Cenário político e investigações em andamento
As declarações ocorrem em meio à série de investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal sobre possíveis articulações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o Estado Democrático de Direito. Eduardo Bolsonaro é apontado como uma das figuras centrais nessas apurações, sobretudo por sua atuação em eventos e encontros no exterior.
A possível implicação de Eduardo nos inquéritos tem provocado reações na base bolsonarista, que acusa o Judiciário de perseguição política. Já a oposição defende o aprofundamento das investigações e a responsabilização de envolvidos em ações antidemocráticas.