Técnico destaca liderança do atacante, minimiza atrito recente e afirma que o estádio também é “casa” cruz-maltina
Vitória que reorganiza o ambiente interno
A vitória dramática do Vasco por 2 a 1 sobre o Fluminense, nesta quinta-feira (11), serviu como um ponto de virada no ambiente da equipe. Em entrevista coletiva após o clássico, Fernando Diniz adotou um tom conciliador, afastou rumores de desgaste com Pablo Vegetti e transformou o atacante — autor do gol da virada — em emblema da postura desejada para o elenco. Para o treinador, o argentino encarna a essência competitiva e emocional do clube.
Vegetti como símbolo da identidade vascaína
Diniz destacou que o impacto de Vegetti vai além de sua eficiência diante do gol. “Acho que o Vegetti personifica bastante o que é o Vasco. É um jogador de uma entrega absoluta para as coisas. Além de ser um grande artilheiro, é um dos grandes líderes da equipe”, afirmou o técnico.
Segundo ele, o atacante exerce papel fundamental nos bastidores, motivando o grupo em treinos, preleções e até nos momentos de concentração espiritual. Para Diniz, Vegetti atua como ponto de referência emocional e competitiva no vestiário.
O comandante também comentou o episódio de irritação do jogador na partida anterior, contra o Atlético-MG. Em vez de prejudicar a relação, o desentendimento aproximou os dois.
“Minha relação com o jogador tem um grau de profundidade bastante interessante. Como não tem dolo, não tem maldade, as coisas acabam caminhando para melhor. Foi uma relação que ficou mais próxima, e não mais afastada”, disse.
Diniz reforçou ainda que sua decisão de utilizar o atacante no segundo tempo já demonstrava a confiança que mantém no camisa 99 — independentemente do gol marcado.
Maracanã como “casa maior” do clube
Outro ponto relevante da coletiva foi a afirmação do treinador de que o Maracanã também faz parte da identidade histórica do Vasco. Diante da festa da torcida, ele relembrou atuações marcantes de ídolos como Roberto Dinamite, Edmundo e Felipe no estádio.
“Aqui é a casa do Vasco como São Januário também é. É uma casa maior, mas também a casa do Vasco. Só ver a festa que a torcida fez aqui e o time se sente bem aqui”, declarou.
Diniz ainda brincou sobre o “privilégio” rubro-negro de ter dois palcos emblemáticos.
“É um privilégio ter duas casas, uma um pouco maior”, disse, rindo.
Caminho aberto rumo à decisão
Com o ambiente pacificado e a confiança sustentada pela vitória no clássico, o Vasco volta suas atenções para o duelo de domingo, quando tentará confirmar a classificação à final da Copa do Brasil em sua “casa maior”.



