Comum nos jardins, o dente-de-leão é uma fonte natural de nutrientes e benefícios terapêuticos que poucos conhecem
Uma erva “daninha” que é rica em propriedades
O dente-de-leão, presença constante em quintais e calçadas brasileiras, costuma ser visto como uma erva indesejada. No entanto, essa planta modesta é um verdadeiro tesouro para a saúde e para a culinária natural. Integrante da mesma família da alface e da camomila, a Asteraceae, o dente-de-leão se destaca por suas flores amarelas e por seu notável potencial nutritivo e medicinal.
De acordo com o portal DiarioUno e especialistas em botânica, todas as partes da planta — folhas, flores e raízes — são comestíveis e podem ser utilizadas em chás, saladas e preparações que estimulam o bom funcionamento do organismo.
Do jardim ao prato: versatilidade e sabor
Quando amadurece, a flor amarela se transforma na clássica “bola de sementes” que as crianças sopram ao vento. Mais do que um símbolo da infância, o dente-de-leão oferece um cardápio versátil: suas folhas podem ser consumidas cruas em saladas ou levemente refogadas, e as raízes torradas dão origem a uma bebida semelhante ao café — mas sem cafeína e com sabor suave.
Sete benefícios que fortalecem corpo e mente
Pesquisas e estudos tradicionais apontam que o dente-de-leão traz vantagens significativas para o bem-estar, entre elas:
- Melhora da digestão e do metabolismo;
- Apoio ao funcionamento do fígado;
- Ação diurética natural, auxiliando na eliminação de toxinas;
- Riqueza em vitaminas B2 e C, importantes para a imunidade;
- Estimulação do fluxo biliar, essencial para a digestão de gorduras;
- Propriedades antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento celular;
- Contribuição para a saúde da pele, devido aos compostos anti-inflamatórios.
Essas propriedades fazem do dente-de-leão um aliado poderoso em dietas de reeducação alimentar e em rotinas de bem-estar natural.
Cultivo simples e resistência exemplar
Além dos benefícios nutricionais, o dente-de-leão é uma planta perene, resistente e de fácil cultivo. Cresce espontaneamente em solos variados, adapta-se a diferentes climas e, mesmo quando arrancado, tende a brotar novamente — um verdadeiro símbolo de resiliência ecológica.
Para quem busca um jardim sustentável, manter o dente-de-leão é uma escolha inteligente: ele contribui para o equilíbrio ambiental e atrai polinizadores como abelhas e borboletas.
Tradição popular e valor simbólico
Na cultura popular, soprar as sementes do dente-de-leão representa espalhar sonhos e desejos. Essa tradição, além de poética, ajuda a perpetuar a espécie e reforça o elo entre a planta e o ciclo natural da vida.
Um aliado natural que merece ser preservado
Em tempos de valorização da alimentação saudável e sustentável, o dente-de-leão deixa de ser um “mato” para se tornar um aliado do bem-estar e da biodiversidade. Em vez de arrancá-lo, cultivar essa planta é abrir espaço para um alimento funcional, cheio de sabor, história e benefícios comprovados.
(Com Gazeta de SP)



