Senador amapaense reassume o comando da Casa após quatro anos; mandato vai até 2027.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado pelos próximos dois anos, conquistando 73 dos 81 votos. A sessão preparatória teve início pouco depois das 10h e, durante os discursos dos candidatos, os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) retiraram suas candidaturas. Permaneceram na disputa, além de Alcolumbre, os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Em seu discurso, Alcolumbre destacou sua disposição para o diálogo e a busca por soluções coletivas. “Vocês me conhecem, sabem do meu compromisso verdadeiro com essa instituição e com o Brasil. Acima de tudo, com a população que confia em cada um de nós para representar seus sonhos e esperanças”, declarou. “Para mim, governar é ouvir e liderar é servir. É disso que o nosso país precisa agora. Uma liderança que una e não que divida”.
Disputa e discursos
O senador Marcos Pontes defendeu a necessidade de mudanças estruturais no país. “O povo está aflito. Nossos eleitores nos pedem: ‘Façam alguma coisa’”, afirmou. “Estamos diante de um momento crucial. Precisamos escolher entre a estagnação e a mudança, entre o conforto e a luta. Precisamos restaurar a força e a credibilidade desta Casa, garantindo que as vozes da população sejam ouvidas e que os valores democráticos sejam sempre respeitados”.
Já Eduardo Girão criticou a atuação recente do Senado e defendeu um reposicionamento da Casa. Segundo ele, “Nosso grande problema foi não ter enfrentado o reequilíbrio entre os poderes, que foi perdido. A censura voltou ao Brasil depois da redemocratização, e o Senado ficou assistindo. A Constituição é rasgada dia sim, dia não aqui, do nosso lado. E este Senado se acovarda. Todos nós somos responsáveis pela derrocada desta Casa”.
Papel do presidente do Senado
O presidente do Senado também exerce a chefia do Poder Legislativo, presidindo o Congresso Nacional. Entre suas funções estão a posse do presidente da República e a convocação extraordinária do Congresso em caso de estado de defesa nacional ou intervenção federal. Ele é também responsável por receber pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, cabe ao presidente do Senado definir a pauta das sessões da Casa e do Congresso como um todo. A eleição para o cargo é secreta e realizada por meio de cédulas de papel, exigindo maioria absoluta dos votos dos senadores (pelo menos 41). Caso nenhum candidato atinja esse número, um segundo turno é realizado entre os dois mais votados, sendo necessários, no mínimo, 41 votos para eleger o presidente da Casa.
