Embora reaquecer alimentos seja uma solução prática para evitar desperdícios, nem todos os itens são seguros para esse processo.
Adotar práticas seguras na manipulação e armazenamento de alimentos é essencial para evitar contaminações e problemas de saúde relacionados ao consumo de sobras.
A nutricionista Harini Bala, citada pelo Daily Mail, alerta que determinados alimentos não devem ser reaquecidos de maneira alguma, pois podem se tornar tóxicos e representar riscos à saúde.
Os perigos do reaquecimento
Segundo a especialista, o reaquecimento pode modificar a composição química de certos alimentos, resultando na liberação de substâncias potencialmente tóxicas. “Isso pode estar relacionado a problemas como lesões renais”, adverte. Além disso, permitir que alguns alimentos esfriem antes de reaquecê-los pode favorecer a proliferação de bactérias como Escherichia coli e Listeria, organismos resistentes ao calor que podem provocar infecções severas.
Alimentos que devem ser evitados no reaquecimento
Espinafre
De acordo com Harini, o espinafre contém ácido oxálico, que é inofensivo quando consumido cru ou após a primeira cocção. No entanto, ao ser reaquecido, esse composto pode cristalizar, tornando-se tóxico. O consumo excessivo dessa substância pode contribuir para o desenvolvimento de cálculos renais. Além disso, os nitratos presentes no espinafre podem se transformar em nitritos quando submetidos ao calor novamente, substâncias que podem ser prejudiciais à saúde.
Arroz
O arroz também requer atenção especial. Quando deixado à temperatura ambiente antes de ser reaquecido, ele pode se tornar um meio propício para a multiplicação da bactéria Bacillus cereus. Essa bactéria, encontrada no solo e em vegetais, forma esporos resistentes ao calor, podendo causar intoxicações alimentares graves se o armazenamento não for adequado.
Chá
Embora menos frequente, o reaquecimento do chá também não é recomendado. Conforme explica a nutricionista, além de alterar o sabor da bebida, tornando-a mais amarga devido ao aumento dos taninos, esse processo pode favorecer a reativação de bactérias previamente inativas, trazendo riscos à saúde.
Medidas preventivas
Para evitar problemas, Harini ressalta a importância de armazenar os alimentos corretamente, mantendo-os a temperaturas inferiores a 5°C, de modo a dificultar a proliferação de microrganismos nocivos. Além disso, os alimentos reaquecidos devem ser consumidos imediatamente e não devem permanecer por longos períodos em temperatura ambiente.
Revisar as práticas de armazenamento e reaquecimento pode contribuir significativamente para a prevenção de doenças e intoxicações alimentares.