Com a ativação da bandeira amarela, consumidores pagarão taxa extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh utilizados
A partir desta quinta-feira (1º), entra em vigor a bandeira tarifária amarela, o que resultará em aumento nas contas de energia elétrica. A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e valerá ao longo do mês de maio. O novo modelo tarifário prevê um acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O reajuste ocorre devido à diminuição do volume de chuvas, característica do fim do período úmido e início da estação seca. Segundo a Aneel, as projeções para os próximos meses indicam níveis de precipitação e de armazenamento nos reservatórios abaixo da média histórica. Esse cenário pode levar ao acionamento de usinas termelétricas, que produzem energia a um custo mais elevado em comparação às hidrelétricas.
Desde dezembro de 2024, o país operava com a bandeira verde, o que dispensava a cobrança de qualquer taxa adicional, reflexo das condições favoráveis para geração de energia naquele período.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias
Implementado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo repassar, de forma mais transparente, as variações nos custos de produção de energia elétrica. Antes da adoção desse modelo, os aumentos nos custos de geração eram incluídos apenas nos reajustes anuais das tarifas, com incidência de juros. Agora, os valores são cobrados mensalmente e repassados às distribuidoras por meio da chamada “conta Bandeiras”.
As bandeiras tarifárias são divididas em quatro categorias:
- Verde – sem cobrança adicional;
- Amarela – R$ 1,885 a cada 100 kWh;
- Vermelha – patamar 1 – R$ 4,465 por 100 kWh;
- Vermelha – patamar 2 – R$ 7,877 por 100 kWh.
Estratégias para reduzir o consumo e aliviar o impacto na conta
A educadora financeira Aline Soaper explica que é possível adotar medidas simples e eficazes para reduzir o consumo de energia, especialmente em momentos de cobrança adicional.
Segundo ela, o primeiro passo é estabelecer uma meta mensal de economia junto à família ou à equipe de trabalho. “Comece com 10%, engaje todos de casa ou do trabalho a ajudar nessa tarefa, crie uma competição com recompensa para quem economizar mais”, orienta.
Entre as principais recomendações da especialista estão:
- Desligar aparelhos da tomada: mesmo sem uso, carregadores e eletrônicos conectados continuam consumindo energia;
- Posicionamento da geladeira: evitar deixá-la próxima ao fogão ou exposta ao sol ajuda a reduzir o esforço do motor e o gasto energético;
- Chuveiro elétrico: manter no modo “verão” pode gerar economia de até 30% no consumo mensal;
- Evitar banhos longos: além de economizar energia, também reduz o consumo de água;
- Uso racional de aquecedores: seu uso contínuo pode representar até um terço do gasto total com eletricidade;
- Atenção com o ar-condicionado: ainda que utilizado no outono, pode elevar a conta em até 20%. Priorize modelos do tipo Inverter e mantenha portas e janelas bem vedadas;
- Trocar lâmpadas: substituir modelos incandescentes por lâmpadas LED pode reduzir o consumo entre 75% e 85%, além de aumentar a durabilidade do equipamento.
(Fonte: R7/Aline Soaper)