“Sabemos que autistas e suas famílias enfrentam desafios diários. Estamos aqui para levar informações e esclarecimentos. Quando há compreensão, conseguimos criar um mundo mais acessível e respeitoso para essas pessoas,” afirmou Thatyane Mendanha, coordenadora de Saúde Mental da SMS.
A 4ª edição da Caminhada pela Conscientização do Autismo reuniu centenas de pessoas em Aparecida de Goiânia, na última quarta-feira (2), em ação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O evento, realizado em alusão ao Mês de Sensibilização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), teve como tema “Informação gera empatia, empatia gera respeito” e buscou fortalecer o debate público sobre acolhimento, inclusão e direitos das pessoas com TEA.
Aberta à comunidade, a programação incluiu atividades educativas e interativas. Foram distribuídos materiais informativos sobre o autismo, promovidas sessões de Práticas Integrativas e Complementares (PICs), e expostos trabalhos artísticos realizados por usuários do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Alegria. A iniciativa contou ainda com espaço lúdico voltado às crianças e com o apoio da Secretaria de Assistência Social, que realizou cadastros no CadÚnico.
Thatyane Mendanha, coordenadora de Saúde Mental da SMS, destacou o caráter educativo da ação. “Sabemos que autistas e suas famílias enfrentam desafios diários. Estamos aqui para levar informações e esclarecimentos. Quando há compreensão, conseguimos criar um mundo mais acessível e respeitoso para essas pessoas,” afirmou.
A diretora do CAPSi Alegria, Christiane Branquinho, também ressaltou a importância da visibilidade e do diálogo contínuo sobre o tema. “Nosso objetivo é proporcionar o máximo de esclarecimento à população. Falar abertamente sobre o TEA é fundamental para garantir que pessoas autistas tenham acesso a uma vida digna e respeitosa em sociedade. Esse é o caminho para a inclusão verdadeira, seja na educação, no trabalho ou em qualquer outro espaço.” declarou.
Vivências e depoimentos
A caminhada também foi marcada por relatos emocionantes. O contador Lorimar Antônio, 47, participou do evento para compartilhar sua experiência como cuidador da sobrinha Ádila, diagnosticada com TEA. “Quando os pais iam trabalhar em Goiânia, minha esposa e eu cuidávamos dela. Aprendemos muito com os tratamentos e a convivência. Hoje, nos sentimos responsáveis por ela, que se afeiçoou a nós. Ádila é uma adolescente carinhosa, educada e nos orgulha pela sua coragem e alegria de viver,” contou.
Recém-chegada do Maranhão, a recepcionista Stephânia Côrtes, mãe de Carlos, de 7 anos, participou em busca de informações sobre os serviços de saúde e apoio à pessoa com autismo. “Fomos muito bem tratados. Me senti à vontade para tirar minhas dúvidas e buscar ajuda. Tenho muitas questões e preciso me adaptar às necessidades dele. Com apoio profissional, tudo se torna mais fácil,” afirmou.
Onda azul de apoio
Os participantes foram convidados a vestir azul, cor que simboliza a conscientização sobre o autismo. A adesão foi maciça, transformando a caminhada em uma “onda azul” que percorreu as ruas da cidade como sinal de apoio à causa e de união em torno da inclusão.
O evento foi promovido pelo CAPSi Alegria e pela Coordenação de Saúde Mental da SMS, com apoio da Secretaria de Assistência Social, do Ambulatório Municipal de Aparecida de Goiânia (AMAG) e da Clínica TEA.
