Boeing 757 adaptado para missões estratégicas deixou funcionários do consulado norte-americano na capital gaúcha
Um Boeing 757 da Força Aérea dos Estados Unidos, modelo C-32B, pousou discretamente no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nesta terça-feira (19). A aeronave, de matrícula 00-9001, chama atenção por seu histórico em operações especiais e crises internacionais, como o apoio logístico após a explosão no porto de Beirute, em 2020, além de missões durante os Jogos Olímpicos.
Embora seja um avião com uso militar, fontes confirmaram que, nesta viagem, o equipamento transportava funcionários do consulado norte-americano em Porto Alegre.
Estrutura e características da aeronave
Apelidado de “Gatekeeper” (“Porteiro”), o C-32B é uma versão modificada do Boeing 757-200. Diferente do C-32A, utilizado pela Casa Branca para o deslocamento de autoridades, o C-32B é operado pelo 150º Esquadrão de Operações Especiais da Força Aérea, com base em Nova Jersey.
Entre suas especificações estão:
- fuselagem branca, sem marcas de identificação;
- sistemas avançados de comunicação;
- sensores de alta precisão;
- capacidade de reabastecimento em voo;
- autonomia para longas distâncias.
Essa configuração garante sigilo e mobilidade em operações críticas. Em algumas missões, o avião transporta diplomatas, agentes de inteligência e militares de elite, compondo equipes de resposta rápida do Departamento de Estado.
Itinerário e operação no Brasil
A missão atual teve início em 18 de agosto, partindo da Base Aérea de McGuire, em Nova Jersey. O trajeto incluiu escalas em Tampa (Flórida) e San Juan (Porto Rico), antes de chegar a Porto Alegre às 17h13.
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Rota cumprida pela aeronave americana — Foto: Reprodução/Flight Radar
Após desembarcar os passageiros ligados ao consulado, a aeronave decolou às 19h52 rumo ao Aeroporto Internacional de São Paulo.
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Rota da aeronave dos EUA — Foto: Reprodução/Flight Radar
Repercussão e simbolismo
Apesar da descrição oficial de que se tratava apenas do transporte de funcionários diplomáticos, a presença da aeronave chamou atenção devido à falta de identificação visual e ao histórico de seu uso em operações estratégicas globais. Nas redes sociais, registros do pouso e da decolagem rapidamente se espalharam, alimentando especulações sobre a natureza da missão.