O desempenho da economia brasileira registrou crescimento de 3,8% em 2024 em relação ao ano anterior, conforme revela o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (17).
O indicador é amplamente utilizado como uma estimativa preliminar do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
Apesar do avanço no acumulado de 12 meses, os dados apontam uma retração de 0,7% em dezembro na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2023, houve uma expansão de 2,4%.
O IBC-Br se baseia em informações semelhantes às utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial do PIB. No último mês do ano, o indicador alcançou 152,3 pontos na série dessazonalizada, que exclui influências sazonais.
No trimestre encerrado em dezembro, o indicador demonstrou estabilidade. Quando comparado ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 4,4%.
IBC-Br e impacto sobre os juros
O IBC-Br é um dos parâmetros utilizados pelo Banco Central para avaliar a atividade econômica do país e auxiliar nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 12,25% ao ano. O índice reflete o desempenho de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de tributação.
A Selic é o principal instrumento do BC para o controle da inflação. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) opta por elevar a taxa, o objetivo é reduzir o consumo e conter pressões inflacionárias, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. No entanto, essa estratégia pode limitar o crescimento econômico ao dificultar o acesso ao financiamento e reduzir os investimentos.