Um ataque aéreo da Rússia na madrugada deste domingo (6) provocou explosões em diversas regiões da Ucrânia; deixou um morto, três feridos e colocou o país em estado de alerta.
A ofensiva também levou a Polônia, país-membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a enviar aeronaves militares à sua fronteira oriental para monitorar e proteger seu espaço aéreo.
Em Kiev, capital ucraniana, moradores relataram intensas explosões, e imagens divulgadas nas redes sociais mostraram incêndios e danos em áreas residenciais. As autoridades locais confirmaram que pelo menos três pessoas ficaram feridas. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, recomendou que a população permanecesse em abrigos de segurança.
De acordo com o comando militar da Ucrânia, foram lançados 23 mísseis e 109 drones durante a madrugada. Parte significativa dos artefatos foi interceptada pelas forças de defesa aérea. Testemunhas ouvidas pela agência Reuters relataram sons de fortes explosões, característicos da atuação de sistemas antiaéreos.
A tensão chegou à Polônia, que mantém desde 2022 um nível elevado de alerta para objetos aéreos em razão do risco de violação de seu território — especialmente após um míssil ucraniano desviado atingir a vila de Przewodów, no sul do país, naquele ano, causando a morte de duas pessoas. Em resposta, caças poloneses foram enviados neste domingo para patrulhar a região de fronteira.
A ofensiva em Kiev ocorre dois dias após outro bombardeio russo ter deixado pelo menos 19 mortos, incluindo nove crianças, na cidade de Kryvyi Rih, região central da Ucrânia. A escalada da violência coincide com novas acusações do Kremlin de que a Ucrânia estaria promovendo ataques contra alvos em território russo.
A intensificação dos bombardeios reacende o debate sobre o uso de drones e mísseis de longo alcance no conflito, que se arrasta desde fevereiro de 2022. Para entender o papel da Otan neste cenário, leia também: O que é a Otan e como ela atua no conflito entre Rússia e Ucrânia.