O líder do partido está em busca de obter o apoio de pelo menos 257 deputados e pretende apresentar a urgência do projeto ainda no mês de abril.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o União Brasil, legenda que ocupa dois ministérios no governo Lula, são as siglas com maior número de assinaturas no requerimento que busca levar diretamente ao plenário da Câmara o projeto de anistia aos participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A proposta tramita com um pedido de urgência apresentado pelo PL, com o objetivo de acelerar sua análise e votação. Segundo levantamento atualizado no sábado (5), ao menos 173 deputados já assinaram o requerimento. Para que ele seja protocolado formalmente, é necessário o apoio de no mínimo 257 parlamentares.
Entre os que já assinaram, 82 são do PL, faltando apenas dez assinaturas dentro da própria bancada para alcançar sua totalidade. O União Brasil aparece em seguida, com 24 apoiadores, e o PP vem em terceiro, com 15. A seguir, a distribuição por partidos:
- PL: 82 (faltam 10 da bancada)
- União Brasil: 24
- PP: 15
- Republicanos: 14
- MDB: 13
- PSD: 12
- Novo: 4
- Podemos: 4
- PRD: 2
- Avante: 2
- PSDB: 1
Apesar de alcançar o número mínimo exigido para o requerimento, a inclusão da proposta na pauta de votações dependerá do aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que articula a coleta de assinaturas, afirmou que pretende intensificar as negociações nesta semana, participando de reuniões de bancada, como a do PP marcada para a próxima terça-feira (8).
Inicialmente, o PL buscava apoio direto dos líderes partidários para defender o projeto em bloco, mas mudou de estratégia e passou a buscar assinaturas individuais. A expectativa da sigla é votar a proposta no plenário ainda na primeira quinzena de abril.
A tramitação da proposta ocorre em meio a debates sobre a responsabilização dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — data em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. Para entender mais sobre o contexto jurídico desses atos, veja também: Julgamento dos atos de 8 de janeiro no STF.