Nomeada em homenagem à bebida preferida da mãe, a norte-americana Tequilla Shian Jones, de 23 anos, relatou ter enfrentado anos de piadas e constrangimentos devido à escolha incomum.
Em entrevista ao New York Post, a jovem contou que, durante a infância e adolescência, foi alvo de bullying por se chamar como um dos drinques mais conhecidos no mundo.
Segundo ela, os pais cogitavam dois nomes quando ela nasceu: Tequila Sunrise — referência ao coquetel feito com tequila, suco de laranja e grenadine — e Shaylee Shian. O nome final, “Tequilla”, foi registrado pelo pai, que combinou as opções favoritas do casal e adicionou um “L” extra à palavra original.
Tequilla na infância e hoje Arquivo pessoal.
A escolha, no entanto, teve repercussões negativas ao longo da vida escolar da jovem. Professores duvidavam da veracidade do nome, e colegas de classe faziam insinuações maldosas, questionando se os pais haviam consumido álcool ao escolher como batizá-la.
“Eu perguntei várias vezes na minha vida sobre o porquê de meu nome ser chamado de Tequilla. Quando criança, eu era provocada por meu nome. Já ouvi as mesmas piadas várias vezes. As crianças perguntavam se meus pais eram alcoólatras ou se estavam bêbados me chamando pelo nome. Eram variações diferentes da mesma piada”, lembrou.
Aos 12 anos, para tentar escapar das provocações, Tequilla passou a adotar seu segundo nome, “Shian”, no convívio social e escolar.
Resgate da autoestima
Já na vida adulta, no entanto, ela decidiu recuperar o nome original, agora encarando a situação com leveza e orgulho. “Agora que estou mais velha, comecei a aceitar meu nome. Não tenho mais aquela provocação do ensino fundamental. Eu mesma não bebo — as pessoas acham muito engraçado que a garota chamada Tequilla não beba”, contou, em tom bem-humorado.
“Agora me sinto bem com isso, eu comecei a usá-lo novamente. As pessoas me dizem que se você tirar o significado, é um nome muito bonito. Eu me sinto muito melhor com meu nome agora, pois estou muito mais velha. O que pode ser um pouco embaraçoso é que se eu estiver fora de casa e alguém mencionar a palavra tequila, eu vou virar a cabeça quando ouvir isso”, brincou.
A jovem também revelou que seu irmão mais velho quase recebeu o mesmo nome. “Minha mãe estava grávida um ano antes de me terem e gostou do nome Tequila, mas ela deu à luz um menino, então ela não o escolheu”, afirmou.
Casos como o de Tequilla ilustram os impactos emocionais que nomes incomuns podem gerar, especialmente durante a formação da identidade na infância. Segundo especialistas, o bullying por motivos relacionados a nomes próprios é mais comum do que se imagina e pode afetar a autoestima e o desempenho escolar.