Ex-presidente alega crise de hipotireoidismo e hérnia inguinal; pedido inclui internação hospitalar e prisão domiciliar por razões humanitárias
Pedido formal ao Supremo Tribunal Federal
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso por tentativa de golpe de Estado, protocolaram nesta terça-feira (9) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja autorizado a realizar uma nova cirurgia. Segundo a defesa, o procedimento é necessário devido a uma crise de hipotireoidismo — considerada sequela de intervenções anteriores — e ao agravamento de uma hérnia inguinal.
Argumentos médicos apresentados
“Conforme informado pelo médico responsável, o ex-presidente precisa passar por cirurgia tanto para tratar o quadro de soluços, já registrado nos autos como sequela das cirurgias anteriores, quanto pela piora do diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, que também indica necessidade de intervenção”, destaca o documento encaminhado ao STF, citado pelo portal G1.
Os advogados solicitaram que Bolsonaro deixe o quarto onde cumpre pena, na sede da Polícia Federal em Brasília, para permanecer internado entre cinco e sete dias.
Pedido de prisão domiciliar humanitária
Além da autorização para cirurgia, a defesa reiterou o pedido para que Bolsonaro possa cumprir prisão domiciliar de caráter humanitário. O argumento central é o agravamento de seu estado de saúde desde o atentado a faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018.
Histórico recente de cirurgias
Em abril deste ano, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia abdominal complexa que exigiu três semanas de internação hospitalar.
Condenação e prisão atual
O ex-presidente está detido na sede da Polícia Federal desde o fim de novembro, após tentar remover com um ferro de solda a tornozeleira eletrônica que utilizava em regime domiciliar. Em setembro, foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de se manter no poder por meio de um plano golpista e por incentivar atos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.



