Rubro-negro encerra temporada histórica em busca de um título que não vem ao Brasil desde 2012
O Flamengo chega ao seu 78º e último compromisso de 2025 com a possibilidade de coroar uma temporada extraordinária. Após levantar a Supercopa do Brasil, o Campeonato Carioca, a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro, o clube tenta agora quebrar um jejum de 13 anos sem conquistas mundiais para o futebol brasileiro.
A decisão da Copa Intercontinental — novo nome do tradicional Mundial de Clubes, reformulado para não se confundir com a Copa do Mundo de Clubes quadrienal — colocará o rubro-negro frente ao Paris Saint-Germain, atual campeão europeu. O duelo será disputado no estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, no Qatar.
Flamengo busca atuação perfeita
O técnico Filipe Luís reconhece o tamanho do desafio.
“Temos que fazer um jogo perfeito”, afirmou. “Várias equipes jogaram contra eles, com estratégias diferentes, e poucos conseguiram neutralizar. Não à toa, foram campeões da Champions. Nossa equipe vai ter que fazer um jogo perfeito para neutralizar a melhor equipe do mundo”, reforçou o treinador.
Apesar da dificuldade, Filipe Luís acredita que o elenco rubro-negro possui condições de competir em alto nível. Ele lembrou que o Chelsea — derrotado pelo Flamengo por 3 a 1 na fase inicial da Copa do Mundo de Clubes — venceu o PSG por 3 a 0 na final daquele torneio, disputado em julho nos Estados Unidos.
O Flamengo acabou eliminado nas quartas de final pelo Bayern, por 4 a 2, mas avaliou positivamente sua participação e agora tenta demonstrar novamente que pode enfrentar de igual para igual as principais forças europeias.
Caminho até a final
No formato atual da Copa Intercontinental, o campeão sul-americano precisa superar dois adversários antes de enfrentar o vencedor da Champions League. O Flamengo cumpriu essa etapa ao derrotar o Cruz Azul por 2 a 1 e o Pyramids por 2 a 0.
Mais uma vez, Giorgian de Arrascaeta foi decisivo. O uruguaio marcou dois gols na estreia e distribuiu duas assistências na semifinal.
“A ambição que a gente tem é a mesma do torcedor: voltar a ser campeão mundial depois de tanto tempo”, declarou o meia, lembrando a conquista de 1981 e a derrota para o Liverpool em 2019, também no Qatar.
PSG respeita o rival
Do lado francês, o técnico Luis Enrique demonstrou cautela ao analisar o adversário.
“Eu conheço muito bem o Flamengo e não queria enfrentá-lo na final. Não é uma boa notícia enfrentar em uma final um time brasileiro”, afirmou, recordando a derrota para o Botafogo na Copa do Mundo de Clubes.
O espanhol, porém, acredita que o confronto terá características distintas.
“O Botafogo fez um jogo muito fechado em seu campo de defesa. […] O Flamengo não vai jogar assim. É um time que joga muito bem com a bola, sai jogando de trás. Sem a bola, pressiona muito bem. Creio que será uma final apaixonante, porque os times têm estilos parecidos”, avaliou.
O PSG terá apenas um desfalque relevante: o lateral Achraf Hakimi, que se recupera de lesão. A tendência é que Luis Enrique escale força máxima.
Situação do elenco rubro-negro
Filipe Luís não tem baixas confirmadas, mas ainda monitora jogadores que retornaram recentemente de lesão. O zagueiro Léo Ortiz deve iniciar a partida, enquanto o centroavante Pedro deve começar no banco.



