Após 30 anos, notas da primeira família (de R$ 2 a R$ 100) serão retiradas de circulação para melhorar a qualidade do dinheiro físico e padronizar os modelos
Trinta anos após o lançamento do Plano Real, o Banco Central (BC) decidiu pelo recolhimento gradual das cédulas da primeira família, emitidas a partir de 1994. A medida não exige uma campanha pública de troca, mas determina que os bancos comerciais retirem essas notas de circulação sempre que forem movimentadas (em pagamentos, depósitos ou saques).

Os bancos estão progressivamente retirando de circulação as notas da primeira família do Real, emitidas em 1994. Foto: Banco Central/Divulgação.
Por que as cédulas serão recolhidas?
A decisão do BC não é um processo de desmonetização, ou seja, as notas antigas continuam valendo integralmente e podem ser usadas normalmente. O objetivo central é a manutenção da qualidade e eficiência do dinheiro físico em circulação:
- Desgaste e Segurança: Muitas das cédulas de 1994 estão desgastadas, rasgadas ou com nitidez comprometida, dificultando a conferência dos itens de segurança.
- Padronização: A convivência de dois modelos de cédulas (o antigo, de tamanho único, e o novo, lançado a partir de 2010, com dimensões diferentes para cada valor) eleva os custos e complica a operação de caixas eletrônicos, máquinas de venda e sistemas de processamento de dinheiro em espécie.
O processo de recolhimento é automático
O cidadão não precisa ir ao banco para trocar as notas. O processo de substituição ocorrerá de forma automática e silenciosa no fluxo normal do sistema bancário:
- Ao pagar uma conta, depositar ou usar uma nota da primeira família (R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100, incluindo a edição comemorativa de R$ 10 em polímero), ela será separada pelo banco.
- O banco envia as cédulas antigas ao Banco Central e recebe, em troca, notas da segunda família para repor o valor.
Notas da primeira família que serão recolhidas:
- R$ 1
- R$ 5
- R$ 10 (incluindo a de polímero)
- R$ 50
- R$ 100
Somente as notas redesenhadas e lançadas a partir de 2010 (a segunda família do Real, com tamanhos variados) permanecerão como o padrão definitivo.
Para o consumidor, a regra é clara: pode usar, pagar, depositar ou guardar as notas antigas. Não há prazo final de validade determinado.


